Malu Longo
A maior parte dos 48 pontos mapeados pela Saneago em 2010, com falhas de abastecimento de água no período de estiagem, deve continuar com problemas em 2011. Intervenções rápidas e de baixo custo feitas pela empresa vão minimizar os entraves do fornecimento em seis localidades onde são tradicionais as reclamações da população, mas a solução definitiva só virá com a concretização das obras anunciadas ontem pelo governador Marconi Perillo durante solenidade de assinatura de 89 contratos, no auditório da Celg.
Do R$ 1.076 bilhão em contratos para obras de infraestrutura em 36 cidades goianas, grande parte dos recursos são oriundos do tesouro federal. Cerca de R$ 400 milhões são recursos da própria Saneago.
Das localidades com histórico de problemas de abastecimento, Valparaíso, Luziânia, Jaraguá, Inhumas, Santo Antônio do Descoberto e Itumbiara receberam intervenções este ano, como abertura de poços artesianos, melhoria dos anéis e redução de perdas físicas do sistema. "Nós montamos um plano de produção com investimentos, de curto e médio prazo, para minimizar a falta de água. Temos uma meta de novas intervenções em mais 20 pontos até o final do ano. O restante deve ser resolvido até 2012", explicou o diretor de Produção da Saneago, Eduardo Afiune.
Em alguns municípios, entretanto, como Valparaíso, Luziânia, Planaltinha, Aparecida de Goiânia e Trindade, problemas de abastecimento ainda ocorrerão este ano, sendo necessário o fornecimento por caminhões-pipa.
As seis cidades integram a relação das 36 que serão beneficiadas com as obras de infraestrutura sanitária anunciadas ontem. Entre os trabalhos, estão implantação e ampliação de redes de água e esgoto, implantação de adutoras, reservatórios e elevatórias, implantação de interceptores, barragens, lagoas e poços artesianos, sistemas de captação e construção e ampliação de Estações de Tratamento de Esgoto.
O resultado do investimento será conhecido num prazo de três anos. Em Goiânia, o presidente da Saneago, Nilson Freire, estima que até meados do ano que vem, com a entrega do Sistema João Leite, não haverá mais problemas de abastecimento.