Metade da população admite despreparo financeiro para o período após o trabalho, segundo pesquisa do HSBC
Apesar da falta de preparo, brasileiros e chineses são os mais otimistas em relação à renda na aposentadoria
ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO
Quase metade dos brasileiros se sentem despreparados financeiramente para a aposentadoria.
Mas quando perguntados se associam a vida de aposentado à ideia de aperto econômico, os brasileiros são -ao lado dos chineses- campeões de otimismo. Apenas 17% dizem que sim.
A aparente contradição é revelada pelo estudo "O Futuro da Aposentadoria" -feito pelo HSBC em 17 países e obtido com exclusividade pela Folha- que será divulgado amanhã.
Segundo Sérgio Jurandyr Machado, professor de administração do Insper, esses resultados parecem contraditórios, mas não são:
"O otimismo com o futuro é explicado pela boa conjuntura atual. Mas isso não muda o que eu considero um dos maiores defeitos dos brasileiros que é a incapacidade de se planejar".
OTIMISMO
Para Machado, isso ajuda a explicar por que os brasileiros são otimistas, mas, ao mesmo tempo, preocupados em relação ao futuro.
A visão é compartilhada por Fernando Moreira, presidente-executivo do HSBC Seguros. Ele acrescenta que, além da conjuntura animadora, o otimismo é um traço cultural dos brasileiros:
"Esse traço aparece em todas as pesquisas que fizemos até agora".
Mas ele ressalta que falta disciplina aos brasileiros:
"As pessoas acham que planejamento é importante, mas não têm disciplina".
O relatório do HSBC revela que um quarto dos brasileiros não sabem qual será sua principal fonte de renda durante a aposentadoria.
"Esse percentual é preocupante", afirma Moreira.
Pouco mais da metade dos entrevistados brasileiros (que, em media, têm renda mensal superior a R$ 3,000) afirmaram possuir um planejamento financeiro para a aposentadoria.
O percentual está próximo da média mundial, mas muito abaixo do registrado em países asiáticos como Malásia (84%), China (76%), Índia (76%) e Taiwan (60%).
Ter um planejamento financeiro não significa, por exemplo, possuir um plano de previdência privada.
"É ter qualquer forma de planejamento, seja por meio de um plano de previdência privada, seja pelo desenvolvimento de uma estratégia própria", afirma Moreira.
A pesquisa revela que os brasileiros que possuem alguma forma de planejamento têm 40% a mais de recursos poupados do que aqueles que ainda não desenvolveram uma estratégia financeira para a aposentadoria.
"É o que chamamos de prêmio de planejamento", diz Moreira do HSBC.
As três principais preocupações citadas por brasileiros em relação à vida pós-trabalho são os custos de tratamentos de saúde, o baixo valor da aposentadoria paga pelo governo e a falta de recursos poupados.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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