BRASÍLIA - Após a criação de apenas 92,6 mil postos de trabalho em março, já descontadas as demissões do período, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) voltou a registrar um número robusto em abril. No mês passado, foram geradas 272.225 vagas de trabalho com carteira assinada, conforme dados divulgados nesta tera-feira, 17, pelo Ministério do Trabalho. Apesar do aumento, o número não é recorde para o mês. Isso ocorreu em abril do ano passado, quando o saldo de vagas líquidas foi de 349 mil.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, havia adiantado na semana passada que o número de abril seria "muito bom" e "próximo ao recorde" do mês. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o saldo é de 880.717 novos postos formais. A meta de Lupi é atingir 3 milhões de novos empregos com carteira assinada este ano. Em 2010, foram criados 2,861 milhões de novos postos formais.
Serviços
O setor de serviços apresentou saldo líquido de emprego (contratações já descontadas as demissões) de 114.434 postos formais no mês passado. O resultado, segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é recorde para o mês de abril. "Sem dúvida, o setor de serviços é o que mais emprega no País", comentou o ministro, durante entrevista coletiva para detalhar os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O comércio também registrou a maior geração de vagas com carteira assinada para meses de abril. No total, foram gerados 41.587 empregos, com recorde no varejo (36.153 postos) e aumento no atacado (5.434 vagas). Em abril, a indústria da transformação contratou 51.313 a mais do que demitiu. "Muita gente estava preocupado com este setor por causa da crise, mas vemos que há recuperação", comentou.
Depois de registrar que as demissões superaram as contratações em março, a agricultura voltou a contratar mais no mês passado, com um saldo de 28.133 novos postos. Na Construção Civil, também houve uma reação em relação a março, com saldo de 3.315 novos postos.
Projeção para o ano
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmouque não mudará sua projeção de criação de 3 milhões de vagas com carteira assinada este ano. Em 2010, foram gerados 2,86 milhões de postos formais. "Mantenho a projeção de criação de 3 milhões de vagas e vou conquistar", afirmou. No mês passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse durante uma apresentação no Palácio do Planalto que o volume de empregos com carteira assinada este ano não seria tão exuberante quanto em 2010.
A expectativa do ministro é a de que a construção civil, por conta das obras públicas com os eventos ligados a jogos, e também a construção residencial, com o fim do período de chuvas, sejam os destaques do ano.
Crescimento em maio
O ministro previu que a criação de vagas de trabalho formais medidas pelo Caged continuará a crescer em maio. Ele não quis fazer uma projeção numérica para o período, mas disse acreditar que, assim como ocorreu em abril, o saldo ficará acima da média para o mês dos últimos quatro anos. "Será muito próximo ao recorde", previu, referindo-se à geração líquida de 349 mil postos verificada em maio de 2010, idêntico saldo visto em abril daquele ano.
O otimismo do ministro foi baseado na expectativa de crescimento dos empregos da construção civil, do setor de serviços e da recuperação da agricultura, principalmente no Centro Oeste. "O Caged de maio será mais forte que o de abril", disse.
No mês passado, foram criadas 272.225 vagas com carteira assinada. "Estou muito otimista para maio: a construção civil está muito forte; os serviços, pujantes, e o Centro Oeste voltando a crescer na área agrícola", enumerou o ministro, durante entrevista coletiva.
Vagas no interior
O crescimento do mercado de trabalho formal em abril foi maior no interior do que nas regiões metropolitanas. No interior de nove Estados analisados pelo governo, foram geradas 137.509 vagas de trabalho com carteira assinada, enquanto nas regiões metropolitanas desses mesmos Estados, a criação de vagas foi de 99.850.
O desempenho do setor agrícola foi apontado como o principal impulso para a criação de novos postos no mês passado. Os Estados analisados pelo Caged são Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
São Paulo foi o Estado que mais se destacou no período. Conforme o Caged, foram gerados 119.133 postos em abril, dos quais 81.908 voltados para o interior e 37.225 na capital. Minas Gerais ficou com a segunda posição em relação ao interior, ao criar 27.194 postos, e em terceiro quando a região metropolitana de Belo Horizonte é analisada (9.160). O Rio de Janeiro fica com o segundo lugar quando a medição do mercado de trabalho é feita nos grandes centros urbanos, com a criação de 19.680 vagas.
Fonte: Célia Froufe, da Agência Estado
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