A diretoria do Stiueg participou durante a manhã de hoje de audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Goiás para a apresentação do plano de reestruturação da Celg. Presidiu a audiência o presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia, deputado José Vitti (PRTB).
O presidente da Celg e vice-governador do Estado, José Eliton de Figueiredo Junior, apresentou os pontos do Plano de Reestruturação da Celg. Para auxiliar Eliton na explanação, foram ao evento os engenheiros Maria de Fátima Melo (superintendente de Planejamento e Gestão) e Humberto Eustáquio Tavares Correa (diretor-técnico).
Ao final das explicações foi dada a palavra aos presentes para que pudessem fazer questionamentos pertinentes ao plano. O Stiueg cobrou do presidente o fim das terceirizações e de diversos contratos perniciosos à estatal. José Elieton reconheceu práticas errôneas nos modelos de negócios adotados pela estatal e afirmou que já está mudando as diversas formas de contratos que eram realizados.
Nós apoiamos a intenção dele em elaborar um plano de reestruturação para a Celg, mas não há que se falar em reestruturação sem se decretar o fim das terceirizações e ingerência politiqueiras na empresa!
Recuperação
(Fonte: portal da Assembleia Legislativa de Goiás)
Eliton afirmou que o Governo Federal tem um importante papel na recuperação da empresa, caso forneça empréstimo para o saneamento de suas dívidas, mas ressaltou que existem alternativas para a captação desses recursos. “Já estamos em contato com instituições internacionais, mais precisamente um banco suíço, que demonstrou interesse em fornecer os recursos necessários”, informou.
Segundo José Eliton, esta alternativa ainda está sendo desenhada. "Neste caso, o aporte de capital seria imediato, já que ele não seria em espécie, mas títulos da dívida pública do Estado, que seriam pagos em 20 anos, com 2 anos de carência. Uma empresa reguladora participaria da reestruturação da empresa e o seu ganho dependeria da sua taxa de sucesso, conforme a valorização da companhia. Contudo, ainda só temos um modelo desta proposta", afirmou o presidente.
José Eliton destacou também que já houve grandes avanços na gestão da Celg, que deixou interesses políticos de lado para dar à empresa uma administração empresarial. Esta mudança já gerou uma economia nos gastos da empresa que permitiu a adimplência da Celg junto aos municípios. “Nosso plano de recuperação foi construído ouvindo todos os funcionários. As medidas que foram e estão sendo tomadas têm por escopo a proteção dos interesses da sociedade e da empresa, que em nossa gestão é gerida sem interesses políticos.”
Planejamento Estratégico
Segundo a engenheira Maria de Fátima Melo, para a elaboração do planejamento estratégico da Celg foi realizado um estudo sobre a situação da empresa, com seus pontos fortes e fracos e sobre as suas ameaças e oportunidades, e sobre a situação do que se quer alcançar.
Com base neste estudo, foi elaborado o mapa estratégico, que traz o conjunto de ações que permitirão que a Celg alcance seus objetivos. Estas ações e as metas a serem atingidas serão colocadas em um contrato de resultados, que será acompanhado pela Diretoria da empresa, de forma a permitir que tudo o que foi planejado seja operalizado.
O diretor-técnico Humberto Eustáquio Tavares Correa apresentou o Programa Emergencial de Investimentos no Sistema Celg D, que trata das necessidades de investimento em manutenção e expansão do sistema elétrico também no período de 2011 a 2015, com projeção para o ano de 2020.
Humberto Eustáquio afirmou as dificuldades enfrentadas pela Celg não tem permitido que a empresa faça os investimentos necessários para que o Estado possa atender as propostas de instalação de novas empresas e crescimento de outras já existentes em Goiás. "A recuperação financeira da Celg passa necessariamente pela recuperação do sistema, já que deixar de vender energia por falta de estrutura também compromete as finanças da empresa."
O engenheiro falou as premissas nas quais o Programa de Investimentos foi baseado. Entre estas premissas, estão a necessidade de investimentos urgentes nas subestações de Xavantes, Anhanguera, Morrinhos e Palmeiras, que estão sobrecarregadas e podem comprometer a distribuição de energia; o investimento na automação da rede para reduzir os índices de descontinuidade do serviço; e a necessidade de investimento em volume maior do que a depreciação dos ativos da empresa.
"Com base nestas premissas, a Celg precisa investir o montante de R$ 250 milhões por ano", apontou o engenheiro. Por fim, o diretor-técnico destacou que o Programa Luz para Todos será retomado ainda neste mês de abril. Segundo Humberto Estáquio, cerca de 20 mil propriedades estão cadastradas no programa.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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