Caio Henrique Salgado
Apesar de garantir que busca "ardentemente" uma "nova solução" para salvar a Celg, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ressaltou ontem, em entrevista concedida ao programa Bom Dia Ministro, as "dificuldades de natureza política" que interromperam o empréstimo acordado no ano passado entre o governo federal e o ex-governador Alcides Rodrigues (PP).
Realizado através de parceria entre a secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) e a EBC Serviços, o programa possibilita a participação de âncoras de rádios de todo o País. A questão da Celg foi abordada por uma rádio goiana.
Lobão também garantiu, durante sua resposta, o empenho do Ministério da Fazenda e da Presidência da República para solucionar o problema "dentro de pouco tempo". No entanto, o ministro aproveitou para defender, de forma sutil, o acordo negociado no ano passado e rejeitado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) em sua primeira semana de governo. "O empréstimo foi articulado longamente, maturado e, afinal, decidido ainda no ano passado", lembrou.
Pouco tempo depois de rejeitar os termos do acordo feito por Alcides, Marconi apresentou a nova proposta ao governo federal com a manutenção de algumas características da antiga negociação.
Entregue a Lobão em 25 de janeiro, pelas mãos do senador Demóstenes Torres (DEM), o novo plano de recuperação da Celg ainda aguarda sinalização positiva em Brasília. Em entrevista ao POPULAR, o vice-governador e atual presidente da Celg, José Eliton (DEM) afirmou que o ministro traduziu, em suas declarações, o sentimento existente no governo federal. "Cabe a vocês da imprensa interpretar as declarações do ministro, mas esse é um assunto que deve ser tratado de forma técnica", disse.
Eliton ressalta que a equipe técnica do Ministério de Minas e Energia já sinalizou de forma positiva ao novo plano. "Se a proposta está de acordo com esses requisitos e o acordo não foi firmado, tirem suas próprias conclusões."
Em outro momento de sua entrevista, Edison Lobão lembrou que os problemas da Celg são referentes, de forma exclusiva, aos gestores goianos. Eliton disse, por sua vez, não ter interesse em comentar "o que ficou na história." "Me cabe participar das discussões sobre o futuro da empresa."
Eliton destaca diferenças
Apesar de manter trâmites e as condições negociadas pela gestão anterior com a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Eletrobras para obter empréstimo de R$ 1,5 bilhão e promover o encontro de contas com a Celg, o novo plano de recuperação da empresa se diferencia do anterior, de acordo com seu atual presidente e vice-governador, José Eliton (DEM), por não ser estritamente "econômico e financeiro."
O vice-governador garante que, diferentemente do acordo anterior, existe agora um programa estratégico até o ano de 2020. "Essa é uma questão que precisa ser resolvida em definitivo, com o afastamento da ingerência política nas decisões empresariais da empresa", argumenta.
Eliton também ressalta que existe uma redução de R$1 bilhão no endividamento do Estado. Enquanto o empréstimo passado era de R$ 3,7 bilhões, o atual é de R$2,7 bilhões, divididos em duas parcelas.(C.H.S.)
Fonte: Jornal O Popular - 09/04/11
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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