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Até o meio-dia de ontem, 31 pessoas haviam morrido nas rodovias estaduais

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10/03/2011

O Popular

Edmundo Pereira da Silva, de 45 anos, Andreia de Faria Santos, de 27, e Cícero Vitor Fernandes Oliveira, de 15, integram a dolorosa estatística do carnaval mais violento da história nas rodovias goianas: até o meio-dia de ontem, 31 pessoas morreram em acidentes nas rodovias estaduais, federais e áreas urbanas de Goiás. Nunca tanta gente morreu nos dias que compreendem a festa. Com relação a 2010, que até então ocupava a marca do ano mais cruel do carnaval, houve aumento de quase 25% de mortes em acidentes em 2011, a maioria causada por ultrapassagens indevidas, alta velocidade e falta de cinto de segurança. Em todo o País, nas rodovias federais, foram 189 mortos, ante 143 em 2010, aumento de 32%.

O acidente que matou Edmundo, Andreia e Cícero ocorreu nofim da tarde do sábado de carnaval - foi o dia com mais mortes: 5. Um pneu furado fez com que uma carreta com placa de Canarana (MT), reduzisse a velocidade em direção ao acostamento. Um Gol com placa de Formosa, que seguia atrás em alta velocidade, não conseguiu parar e bateu na traseira do caminhão. Ninguém havia se ferido gravemente até que o Palio com placa de Brasília, em os três estavam capotasse durante uma manobra para desviar do primeiro acidente. Edmundo, Andreia e Cícero morreram ali, no matagal do quilômetro (km) 113, da GO-118, entre São João dAliança e Alto Paraíso.

Mais de 500 pessoas ficaram feridas nos acidentes do carnaval, muitas delas em estado grave, o que significa que o número de mortes pode ser ainda maior, se considerado que as Polícias Rodoviárias Federal (PRF) e Estadual (PRE) computam apenas as mortes registradas no local dos acidentes. A PRF fechou as estatísticas da Operação Carnaval à meia-noite de ontem. A divulgação deve ocorrer hoje às 9 horas.

"Para muita gente isso (acidentes e mortes) é só número. As pessoas só se preocupam com estatísticas quando morre um pai, uma mãe", diz o chefe da Seção Operacional do 1º Batalhão Rodoviário, capitão Tairo Ciolé de Oliveira, que mantém um blog na internet, em que relata diariamente as ocorrências em rodovias estaduais. "Porque depois que perde (um parente em acidente), aí já é tarde, não adianta mais se preocupar", diz. "O que mais impressiona é que a maioria dos casos ocorre por imprudência".

Acidentes de todas as modalidades ocorreram neste carnaval: capotamentos, colisões frontais e laterais, atropelamentos e uma colisão seguida de incêndio, o que terminou matando Fabrício Martins da Silva, de 26, às 4h30 de ontem, na GO-060. Fabrício estaria em alta velocidade quando perdeu o controle de um Palio Weekend no km 197, entre Israelândia e Iporá. Saiu da pista, capotou e bateu em uma árvore, o que provocou fogo. "Saídas de pista ocorrem inclusive em rodovias duplicadas, principalmente quando chove", diz o inspetor da PRF, Newton Morais.

Na manhã da última segunda-feira, um Golf saiu de pista e capotou na GO-433, entre Nerópolis e Ouro Verde. O condutor, Marcos Vinícius Câmara Neto, de18, morreu no local. Um dos passageiros, André Luiz Silva, de 19, foi socorrido mas morreu a caminho do hospital. Murilo Camargo Silva, de 18, teve ferimentos leves. Era o único que usava cinto de segurança. "A falta de uso do cinto de segurança, principalmente de quem está no banco traseiro, costuma ser fatal em caso de acidente grave", diz inspetor Newton. Em todo o País aumento de 32% nos mortos

São Simão e Paranaiguara sepultam vítimas

Foram sepultadas no fim da tarde de ontem em São Simão e Paranaiguara, na Região Sul de Goiás, os corpos de três das quatro vítimas do acidente entre uma carreta e um ônibus da prefeitura de São Simão que levava pacientes para tratamento de câncer em Barretos (SP). A colisão frontal ocorreu terça-feira à tarde, na BR-153, entre as cidades de Prata e Frutal, no Triângulo Mineiro. Morreram os motoristas dos dois veículos, uma paciente e um acompanhante e mais de 20 pessoas ficaram feridas. A prefeitura de São Simão decretou luto oficial por causa da tragédia.

Seguindo um ritual de todas as terças-feiras, o ônibus deixou São Simão em direção a Barretos com 32 pessoas a bordo, pacientes de câncer e seus acompanhantes, moradores do município e de Paranaiguara, cidade vizinha. Os pacientes já estavam com tratamento agendado no Hospital Pio XII, na cidade paulista, referência em oncologia na região. Por volta das 15h30 chovia muito na BR-153, 14 quilômetros depois de Prata, quando um carro pequeno, que estava em direção contrária ao ônibus, freou por causa de um buraco na pista, próximo à ponte do Córrego Cocal. Logo atrás vinha uma carreta de Santa Catarina. Para não passar em cima do veículo pequeno, o motorista da carreta deu uma guinada para a esquerda, colidindo frontalmente com o ônibus de São Simão, que ficou prensado no guard rail da ponte.

De acordo com o prefeito de São Simão, Francisco Assis Peixoto, as quatro pessoas morreram no local: o motorista da carreta, cujo nome não foi divulgado; o condutor do ônibus, Antônio José Pereira, de 46 anos; a paciente Luzia Cornélia Lopes de Azevedo, de 75; e Onésio de Olveira, que acompanhava o paciente Geraldo Sebastião, de Paranaiguara. Das dez pessoas que ficaram mais feridas, seis foram encaminhadas para hospitais de Uberlândia (MG), entre elas Geraldo Sebastião, e quatro para o Hospital Municipal de Prata e depois transferidas para São Simão. As demais sofreram apenas escoriações.

A notícia do acidente mobilizou moradores e autoridades de Prata. "Ficamos muito sensibilizados com o apoio que recebemos, principalmente do prefeito e do secretário de Saúde de lá. Quando cheguei ao local, três horas depois, todas as vítimas já tinham sido removidas, as mais graves foram encaminhadas para hospitais e as outras para uma residência local e receberam jantar e roupas. Foi uma solidariedade muito grande", contou o prefeito Assis Peixoto. Ontem, o secretário de Saúde de São Simão, José Fernandes, seguiu para Uberlândia para acompanhar o procedimento cirúrgico em Adriana Borges da Silva, de 50, presidente da Associação de Voluntários e coordenadora da casa de apoio da prefeitura de São Simão, em Barretos. No impacto, Adriana foi atirada para dentro do córrego com a poltrona e sofreu fratura de fêmur. Temendo que outras pessoas tivessem caído no curso dágua, bombeiros de Uberlândia e Ituiutaba foram para o local do acidente. Os corpos dos dois moradores de São Simão foram velados juntos na quadra de esportes do Colégio Municipal Leopoldo Moreira.(Malu Longo)
Fonte: O Popular

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