José Eliton diz que acerto independe de negociação do estado para obtenção de R$ 2,7 bilhõesFabiana PulcineliEnquanto o governo federal avalia o pedido de empréstimo de R$ 2,7 bilhões ao Estado, a direção da Celg negocia a liberação de R$ 730 milhões para unificar dívidas com o sistema financeiro. O presidente da companhia, José Eliton, esteve ontem com a presidente interina da Caixa Econômica Federal Clarice Coppetti, em Brasília, para tratar da proposta.
Eliton afirma que a negociação independe do empréstimo do Estado com a Caixa, embora os dois pontos constem no plano de recuperação apresentado ao governo federal. Ele espera obter o financiamento ainda na primeira quinzena de março. O valor servirá para pagar bancos, com altas taxas de juros e prazos para pagamento variados.
Em relação ao empréstimo de R$ 2,7 bilhões, Eliton esteve na semana passada no Ministério de Minas e Energia (MME) para esclarecer dúvidas técnicas sobre a proposta. O ministério questionou detalhes do plano de uso dos recursos e, segundo Eliton, teve todas as informações esclarecidas. Segundo ele, falta apenas a avaliação do Ministério da Fazenda sobre a operação.
"Em relação a termos técnicos do plano de recuperação que apresentamos, não há mais nenhum entrave. O pessoal do MME tem todos os detalhes da proposta e acena positivamente", diz.
O governador Marconi Perillo (PSDB) esteve na segunda-feira com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, quando solicitou colaboração do governo federal na negociação para equilibrar as contas da empresa. O tucano já solicitou há 15 dias audiência com a presidente Dilma Rousseff, mas a conversa ainda não foi agendada.
Com contatos no governo federal e no setor elétrico, o senador Demóstenes Torres (DEM) também tem se empenhado em agilizar uma resposta do Planalto. Ontem ele manteve conversas no Ministério da Fazenda. O próprio Palocci também prometeu levar a reivindicação do governo goiano ao ministro Guido Mantega para análise.
O governo estadual tem pressa em receber resposta do MME porque está sob ameaça de perder o limite de endividamento do Estado que permitiria o contrato de empréstimo. Como o Estado não cumpriu as metas fiscais em 2010, um novo relatório da Secretaria do Tesouro Nacional, a ser elaborado em março, pode reduzir o teto de endividamento.
O governo goiano havia estabelecido prazo para resposta até o final de fevereiro, mas já admite que o desfecho ficará para o próximo mês.
Apesar do otimismo em relação a resposta positiva do governo federal, a gestão estadual e a direção da Celg têm afirmado que há plano B para o rombo na companhia. Não revelam, porém, o que estaria sendo estudado.
Além do empréstimo, o governo busca parceiros para a empresa, com possibilidade de transferência de até 49% das ações. Segundo Eliton, as conversas estão avançadas e alguns grupos já estão realizando diligências na companhia para avaliá-la.
O governo também tem pressa em obter autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o reajuste da tarifa de energia no Estado. O aumento está proibido desde 2006 por conta da inadimplência da empresa com o setor elétrico. Em setembro do ano passado, a Aneel estabeleceu reajuste médio de 11,34% na tarifa de energia em Goiás, mas a aplicação se manteve proibida por conta das dívidas. O pagamento dos débitos ao setor permitem também liberação de recursos federais. ¢Ì
Fonte: O Popular
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Supera Web X