Verbas da união e de fontes financiadoras são para obras no transporte coletivo de Goiânia
Carlos Eduardo Reche e Marília Assunção
O governo do Estado e a Prefeitura de Goiânia poderão captar até R$ 430 milhões em recursos da União e de fontes de financiamento para a realização de obras de infraestrutura no transporte coletivo público. Os investimentos serão feitos por meio do Programa de Aceleração (PAC) da Mobilidade Urbana, lançado ontem no Palácio do Planalto, em Brasília, pela presidente Dilma Rousseff (leia quadro).
O governador Marconi Perillo (PSDB) e o secretário estadual de Cidades, Jânio Darrot (PSDB), participaram do lançamento. Ao final da reunião, que não foi liberada para a imprensa, o governador informou por meio de sua assessoria que o Estado dará prioridade para a proposta de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A intenção é substituir os ônibus do Eixo Leste-Oeste, o Eixo Anhanguera, pelo novo equipamento.
Os projetos dos Estados e municípios poderão ser apresentados a partir do dia 21 ao Ministério das Cidades, que vai executar o PAC da Mobilidade - a coordenação do PAC foi transferida da Casa Civil para o Planejamento no governo Dilma. Como as obras se destinam prioritariamente a regiões metropolitanas e aglomerados urbanos, Estados e municípios poderão fazer suas propostas.
A Prefeitura de Goiânia não enviou representante para o lançamento do PAC da Mobilidade. O prefeito Paulo Garcia (PT) está em viagem de férias aos Estados Unidos, de onde retorna amanhã. O prefeito em exercício, o presidente da Câmara de Goiânia, Iram Saraiva (PMDB), cumpriu agenda na capital ontem. À noite estava previsto encontro entre ele e Marconi no Palácio das Esmeraldas, onde o governador ofereceu um jantar para 55 prefeitos do Estado.
Segundo as regras do programa, Estados e municípios poderão apresentar até três propostas. Goiânia está entre as cidades do segundo lote de investimentos, batizado de Mobilidade 2 (Mob-2). As propostas devem se enquadrar em 12 critérios estabelecidos pelo Ministério das Cidades. As regras se resumem na garantia de viabilidade econômica (demanda de passageiros que justifique os projetos), integração entre diferentes modalidades de transporte público e garantia de plena acessibilidade. Os recursos, segundo o ministério, não poderão ser usados na aquisição de ônibus, construção de terminais ou pavimentação asfáltica.
O VLT, também chamado de Metrô Leve, é um trem com menor número de vagões, movido a eletricidade ou diesel, normalmente usado como alternativa de transporte coletivo urbano e metropolitano. O equipamento tem custos de implantação mais baixos que o do metrô e suas obras têm menor impacto no espaço urbano.
O secretário das Cidades afirmou ontem que outra opção de projeto em estudo pelo governo estadual são os ônibus de trânsito rápido. Darrot disse que não sabe ainda quanto seria necessário para implantar uma das duas modalidades de transporte, mas dá sinais de preferência pelo mais oneroso (o VLT). "Uma solução preocupada com os próximos 15 a 20 anos é mais cara, mas pode ser mais compensadora", afirmou o secretário de Cidades.
O PAC da Mobilidade vai atender ao todo 24 cidades do País. Juntas, elas abrigam 39% da população nacional em regiões metropolitanas e aglomerados urbanos. No primeiro grupo (Mob 1) estão as dez maiores cidades do País, todas capitais, entre elas Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. No lote de Goiânia estão seis cidades, entre elas Manaus e Belém, que reúnem 4% da população do País.
Projeto deve integrar 3 municípios
O secretário estadual de Cidades, Jânio Darrot, disse ontem após participar do lançamento do PAC da Mobilidade, em Brasília, que a proposta do governo a ser apresentada ao Ministério das Cidades prevê a captação dos recursos do programa para obras de integração do transporte coletivo de Goiânia, Senador Canedo e Trindade. A intenção é apresentar projetos de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e ônibus de trânsito rápido.
Os recursos serão liberados pela União ou por meio de linhas de crédito abertas pela Caixa Econômica Federal (CEF) com recursos do FGTS, explicou Darrot. "Vamos tentar um projeto que alie os interesses da capital e dos municípios daRegião Metropolitana, de preferência, ligando o Eixo Anhanguera à Vila Mutirão, no Noroeste de Goiânia, e até a o Vera Cruz, em Trindade, e o Jardim das Oliveiras em Senador Canedo", detalhou.
Darrot disse que a seleção final está marcada para 12 de junho e os selecionados terão oito meses para elaborar o projeto, ficando livres depois para a contratação das obras. Segundo ele, o projeto depende da "anuência da Prefeitura" em torno da concessão do Eixo, que está sob disputa entre a duas administrações.(C.E.R. e M.A.)¢Ì
Fonte: O Popular
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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