10/02/2011
Ricardo Cézar
A venda de energia elétrica para a Argentina fez as exportações goianas baterem recorde em janeiro, registrando o melhor resultado para o mês nos últimos oito anos. Com a venda de energia no valor de US$ 163 milhões, as exportações movimentaram no mês passado US$ 433 milhões, contra US$ 394,1 das importações, aumento de 170% em relação a janeiro de 2009. Assim, a balança fechou o mês com saldo positivo de US$ 38 milhões.
É a primeira vez que a energia elétrica aparece na liderança da pauta de exportações de Goiás em toda a série histórica. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Centrais Elétricas de Cachoeira Dourada (CDSA), através da Companhia de Interconexão Energética (CIEN), administrada pelo grupo Endesa, realizou a venda de energia para a Argentina. Contudo, a assessoria de imprensa da Endesa não confirmou a venda de energia elétrica.
Conforme o MIDC, a Endesa começou a comercializar energia em outubro, depois do governo federal autorizar a venda do produto para a Argentina e para o Uruguai no início do ano passado, em forma de permuta. A movimentação era até então quase inexpressiva, não passando de US$ 10 milhões.
Com a demanda argentina crescente e produção de Goiás em alta, a capacidade instalada em Cachoeira Dourada foi suficiente para atender o consumo local e ainda produzir excedentes. O restante foi encaminhado para a rede de distribuição-transmissão nacional e, posteriormente, vendido para os argentinos. Pelo acordo, a comercialização de energia entre os dois países se prolongará até meados de abril deste ano, com a possibilidade de ser ampliada por mais tempo.
"A exportação de energia elétrica representou uma contribuição muito forte para o resultado da balança e para o recorde de janeiro. Mas esse fato não ocorrerá muitas vezes durante o ano. Esperamos que a energia elétrica vai estar entre os principais itens da pauta de exportação goiana por mais três meses ", avaliou o secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy. A energia elétrica foi responsável por 37% das exportações goianas.
Para 2011, a expectativa do secretário Alexandre Baldy é de que Goiás consiga novo recorde nas exportações, superando o valor de US$ 4 bilhões. Segundo ele, entretanto, é preciso agregar valor aos produtos exportados e diversificar a pauta, além de ter a contribuição do câmbio.
Carnes estão em 2º entre os itens mais vendidos
Seguindo a balança de outros anos, as carnes apareceram no pódio dos produtos mais comercializados em segundo lugar, com destaque para a bovina e as aves. A retomada da exportação de carne para os Estados Unidos, suspensas desde maio, e a consolidação dos acordos com o mercado europeu foram responsáveis por vendas de US$ 78,6 milhões - correspondente a 18,2% das negociações goianas.
A comercialização de sulfeto de cobre alavancou negócios de US$ 70,3 milhões. A soja, que vem se recuperando nos últimos meses, aparece em quarto e foi responsável por negócios de US$ 38 milhões.
O açúcar apareceu na sétima colocação, com negócios de apenas US$ 9 milhões. O produto chegou a aparecer em terceira colocação há três meses. A queda no ranking se deve, principalmente, ao período de entressafra. Esse cenário pode mudar já no próximo mês, com o início da safra.
Importação
A compra de produtos do exterior seguiu em janeiro a tendência de 2010 . Automóveis, tratores e suas partes foram responsáveis por 51% das negociações do mês passado, movimentando US$ 201,3 milhões. Máquinas e instrumentos mecânicos aparecem em segundo lugar com US$ 42,9 milhões.
Com a queda da taxa cambial, as indústrias goianas estão modernizando seu maquinário e adquirindo tecnologia de ponta do exterior. Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão foram os maiores vendedores de produtos para os goianas. Os três acumularam quase de 60% dos negócios. O secretário lembrou que as importações vêm aumentando devido à economia aquecida.(RC)
Fonte: Jornal O Popular
A venda de energia elétrica para a Argentina fez as exportações goianas baterem recorde em janeiro, registrando o melhor resultado para o mês nos últimos oito anos. Com a venda de energia no valor de US$ 163 milhões, as exportações movimentaram no mês passado US$ 433 milhões, contra US$ 394,1 das importações, aumento de 170% em relação a janeiro de 2009. Assim, a balança fechou o mês com saldo positivo de US$ 38 milhões.
É a primeira vez que a energia elétrica aparece na liderança da pauta de exportações de Goiás em toda a série histórica. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Centrais Elétricas de Cachoeira Dourada (CDSA), através da Companhia de Interconexão Energética (CIEN), administrada pelo grupo Endesa, realizou a venda de energia para a Argentina. Contudo, a assessoria de imprensa da Endesa não confirmou a venda de energia elétrica.
Conforme o MIDC, a Endesa começou a comercializar energia em outubro, depois do governo federal autorizar a venda do produto para a Argentina e para o Uruguai no início do ano passado, em forma de permuta. A movimentação era até então quase inexpressiva, não passando de US$ 10 milhões.
Com a demanda argentina crescente e produção de Goiás em alta, a capacidade instalada em Cachoeira Dourada foi suficiente para atender o consumo local e ainda produzir excedentes. O restante foi encaminhado para a rede de distribuição-transmissão nacional e, posteriormente, vendido para os argentinos. Pelo acordo, a comercialização de energia entre os dois países se prolongará até meados de abril deste ano, com a possibilidade de ser ampliada por mais tempo.
"A exportação de energia elétrica representou uma contribuição muito forte para o resultado da balança e para o recorde de janeiro. Mas esse fato não ocorrerá muitas vezes durante o ano. Esperamos que a energia elétrica vai estar entre os principais itens da pauta de exportação goiana por mais três meses ", avaliou o secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy. A energia elétrica foi responsável por 37% das exportações goianas.
Para 2011, a expectativa do secretário Alexandre Baldy é de que Goiás consiga novo recorde nas exportações, superando o valor de US$ 4 bilhões. Segundo ele, entretanto, é preciso agregar valor aos produtos exportados e diversificar a pauta, além de ter a contribuição do câmbio.
Carnes estão em 2º entre os itens mais vendidos
Seguindo a balança de outros anos, as carnes apareceram no pódio dos produtos mais comercializados em segundo lugar, com destaque para a bovina e as aves. A retomada da exportação de carne para os Estados Unidos, suspensas desde maio, e a consolidação dos acordos com o mercado europeu foram responsáveis por vendas de US$ 78,6 milhões - correspondente a 18,2% das negociações goianas.
A comercialização de sulfeto de cobre alavancou negócios de US$ 70,3 milhões. A soja, que vem se recuperando nos últimos meses, aparece em quarto e foi responsável por negócios de US$ 38 milhões.
O açúcar apareceu na sétima colocação, com negócios de apenas US$ 9 milhões. O produto chegou a aparecer em terceira colocação há três meses. A queda no ranking se deve, principalmente, ao período de entressafra. Esse cenário pode mudar já no próximo mês, com o início da safra.
Importação
A compra de produtos do exterior seguiu em janeiro a tendência de 2010 . Automóveis, tratores e suas partes foram responsáveis por 51% das negociações do mês passado, movimentando US$ 201,3 milhões. Máquinas e instrumentos mecânicos aparecem em segundo lugar com US$ 42,9 milhões.
Com a queda da taxa cambial, as indústrias goianas estão modernizando seu maquinário e adquirindo tecnologia de ponta do exterior. Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão foram os maiores vendedores de produtos para os goianas. Os três acumularam quase de 60% dos negócios. O secretário lembrou que as importações vêm aumentando devido à economia aquecida.(RC)
Fonte: Jornal O Popular
