O governador Marconi Perillo (PSDB) disse ontem que vai tentar negociar os créditos da Celg com o governo federal "de forma amigável". Por meio da assessoria de imprensa, ele afirmou que a proposta não foi incluída no plano de recuperação da companhia, apresentado na quarta-feira, porque ainda haverá conversas com autoridades da União.
Caso não tenha sucesso na negociação, Marconi afirma que tentará por via judicial receber os recursos, calculados em cerca de R$ 3 bilhões. O POPULAR mostrou ontem que, embora tenha sido defendido no ano passado, o encontro de contas com o governo federal foi esquecido no plano, que prevê empréstimo de R$ 2,7 bilhões e venda de até 49% das ações da companhia.
Em entrevista ao Face a Face, do POPULAR, em 12 de junho de 2010, Marconi defendeu a união de lideranças políticas do Estado para cobrar do governo federal os repasses. "A maior parte das dívidas é com a Eletrobras e o sistema elétrico. Mas a Celg também tem receitas a receber, cerca de R$ 3 bilhões. O certo é a realização de um grande encontro de contas levando em consideração o que o Estado pagou de subsídio a Codemin, sendo que quem deveria pagar esse subsídio era o governo federal. Então, acho que é possível esse grande encontro de contas. Mas é necessário a união de todos", disse.
Aliados do governador, especialmente o presidente do PSDB, deputado federal Leonardo Vilela, e o ex-deputado estadual Daniel Goulart, também se manifestaram no ano passado contra a operação proposta pela gestão anterior alegando que faltava boa vontade do governo federal em pagar as dívidas ao Estado. Diziam que o empréstimo de R$ 3,7 bilhões proposto pela operação anterior poderia ser dispensado caso houvesse o encontro de contas com a União.
A Celg teria direito a cerca de R$ 1,3 bilhão referente à Codemin. A companhia goiana bancou incentivos do governo federal à empresa entre 1993 e 2003 e não foi ressarcida. A disputa pelo recebimento dos recursos já está na justiça. Além disso, os tucanos cobravam também o pagamento de R$ 1,5 bilhão pela cessão de rede transmissora da Celg ao Estado do Tocantins, quando criado. Outras dívidas seriam relativas a convênios e incentivos.
Marconi disse que insiste no recebimento dos créditos, mas destaca que já cumpriu o compromisso de promover encontro de contas entre o Estado e a Celg, promessa repetida durante a campanha eleitoral.
"O encontro de contas que sempre defendi foi com o Estado, abrindo mão do ICMS. E vamos cumprir rigorosamente", disse. O plano de recuperação da Celg prevê que a primeira parcela do empréstimo, de R$ 1,2 bilhão, sirva para o pagamento de dívidas do Estado com a companhia, após o encontro de contas - retirados os R$ 800 milhões de ICMS.
O governador afirma ainda que a maioria dos integrantes da direção da Celg e dos conselhos de Administração e Fiscal é técnica. Na campanha eleitoral, ele prometeu que a escolha da direção seria feita em acordo com os funcionários. Marconi diz que a nomeação do vice-governador José Eliton (DEM) para a presidência da companhia é uma indicação de como a Celg será tratada "como questão de Estado".
Análise O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, confirmou ontem que uma equipe da pasta vai analisar a proposta apresentada pelo governo estadual. O plano foi entregue pelo senador Demóstenes Torres (DEM) ao ministro Edison Lobão na noite de terça-feira.
Zimmermann, que assumiu a pasta por nove meses no ano passado e acompanhou as negociações com o governo anterior, disse que ainda não viu detalhes da nova proposta.
Fonte: Jornal O Popular
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