PSDB pede dados sobre obras, convênios e operação pró-Celg
26/11/2010
Na primeira reunião para tratar da transição com o atual governo, a comissão nomeada pelo governador eleito Marconi Perillo (PSDB) apresentou ontem documento com 15 questões sobre a situação do Estado. O pedido foi entregue ao governador Alcides Rodrigues (PP), em encontro no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Coordenador da equipe nomeada por Alcides, o secretário estadual da Fazenda, Célio Campos, disse que pretende entregar todos os dados na próxima semana, ainda que sejam muitas informações. "Pelo que vi rapidamente, não haverá dificuldades para a entrega dos dados."
As perguntas referem-se à situação financeira do Estado, a convênios, programas, contratos e obras em andamento, além do principal foco de tensão entre os dois grupos - os contratos relativos à operação para reequilibrar as contas da Celg.
A equipe marconista solicitou todos os documentos referentes aos empréstimos, mesmo contratos "preparados e não assinados". O atual governo tem dito que não há o que apresentar sobre o empréstimo de R$ 770 milhões para a Celg - que servirão para pagar ICMS ao Estado -, já que o contrato ainda não foi assinado com a Caixa Econômica.
Em três questões, a comissão do futuro governo trata de gastos com pessoal, também uma das principais preocupações da próxima gestão. Além dos gastos com o funcionalismo, os marconistas querem saber quantitativo de cargos e situação dos concursos promovidos, incluindo posses ocorridas este ano. Comentários
Coordenador da comissão do futuro governo, o vice-governador eleito José Eliton (DEM) disse que o grupo só vai se manifestar sobre a situação do Estado depois da entrega dos documentos. "Aguardo informações de natureza oficial. Não quero formar convicção nem fazer comentário acerca de dados preliminares", afirmou o democrata, ao comentar a declaração de Célio, na quarta-feira, de que, sem o empréstimo para a Celg, o governo terá dificuldades em fechar as contas e cumprir as metas do Programa de Ajuste Fiscal (PAF).
Apesar da tensão por conta da demora de Alcides em definir a equipe de transição e da pressa de Marconi em adotar medidas, o clima na reunião de ontem foi amistoso. Representantes da equipe marconista deixaram o encontro afirmando ter visto boa vontade por parte do governo, enquanto governistas reafirmaram que não há intenção de dificultar o levantamento da comissão do governador eleito.
Apesar da primeira reunião ocorrer 25 dias depois das eleições, Eliton disse acreditar que haverá tempo para a equipe cumprir a missão de fazer diagnóstico do Estado e o planejamento de ações iniciais do governo Marconi. "Saio absolutamente satisfeito e vamos tratar essa questão de forma republicana, harmônica, democrática, equilibrada e transparente", disse.
"Foi excelente. Estão todos com espíritos desarmados e sabendo que a questão política acabou em 31 de outubro", afirmou Célio. "Seria imbecilidade esconder qualquer coisa por 30 dias. Não há necessidade", completou o secretário. Alcides anunciou a equipe de transição na terça-feira.
Formalidade O encontro, fechado à imprensa, foi rápido e formal. Alcides abriu a reunião falando dos integrantes da equipe, disse que sempre trabalhou com transparência e que seu grupo está disposto a entregar dados rapidamente. O governador saiu da reunião e os dois grupos conversaram rapidamente. Ao todo, o encontro durou cerca de meia hora.
Dos 14 integrantes da comissão de Marconi, 6 participaram da reunião - além de Eliton, Giuseppe Vecci, Jalles Fontoura, Nion Albernaz, Enio Paschoal e Antonio Faleiros. Do grupo de Alcides, faltou apenas o secretário de Planejamento, Oton Nascimento, que cumpria compromisso como representante do governador. Estavam presentes, além de Célio, Ney Nogueira, Oclécio Pereira, Sinomil Soares, Anderson Máximo e Colemar José de Moura.
Eliton e Célio acertaram novo encontro para hoje, na Secretaria da Fazenda, para definir um cronograma de trabalho.
O democrata disse que a reunião de ontem não tratou da questão da transmissão do cargo, que também provocou polêmica. Marconi queria promover a solenidade no Centro Cultural Oscar Niemeyer, fechado desde 2009. Alcides disse que a proposta soava como provocação e que não aceitava. "Isso é secundário e não será tratado por nós, mas pelos cerimoniais", disse Eliton.
Fonte: Jornal O Popular
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