A falta de água na Região Metropolitana de Goiânia deixou milhares de estudantes sem aula nesta semana. Somente na rede municipal da capital, 18 escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) tiveram atividades suspensas ontem. Na rede particular o problema fez com que os alunos de algumas escolas fossem dispensados até a próxima semana, uma vez que a expectativa da Saneamento de Goiás (Saneago) é de que o fornecimento seja normalizado somente amanhã.
Segundo a coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação (SME), Márcia Rejane Silva, na segunda-feira 26 escolas tiveram as aulas suspensas à tarde e ontem, outras 18 paralisaram as atividades. "Nos Cmeis a situação é mais complicada, mas conseguimos que apenas dois, na Região Central, tivessem o atendimento interrompido durante o dia todo."
Caso o fornecimento de água seja regularizado ainda hoje, o funcionamento das escolas municipais voltará ao normal. Enquanto isso, o problema afeta estudantes como Junior César Costa, que saiu de casa no Jardim América ontem e encontrou a Escola Municipal Benetida Luiza com as portas fechadas.
Na rede particular, várias escolas também interromperam as aulas. O Colégio Externato São José, no Setor Oeste, precisou cancelar as aulas e um evento dos alunos ontem porque a água acabou. Segundo a diretora da escola, Maria Tereza Batista Lins, a água chegou a voltar ontem à tarde, mas estava suja. "Estamos na expectativa de amanhã (hoje) ser um dia normal. A água que está chegando aqui está em péssimas condições e muitos alunos não podem ficar sem ela na escola."
Caminhão-pipa O Colégio Interamérica, no Setor Bueno, também estava nas mesmas condições. As aulas foram suspensas ontem e a previsão era que hoje o funcionamento da escola voltasse ao normal, se o abastecimento for regularizado. O Colégio Ávila, no Setor Bueno, não terá aulas hoje e amanhã, só retomando na próxima semana.
A supervisora pedagógica do Ávila, Eliana Graziani, informou que recebeu um comunicado da Saneago informando que a situação só deve se normalizar na sexta-feira. Ontem, o colégio só conseguiu manter suas atividades porque providenciou um caminhão-pipa.
A coordenadora explicou que a escola não pode funcionar sem água porque, mesmo com a compra de galões de água mineral para o consumo, os alunos não têm como utilizar os banheiros e não é possível manter a higiene no local.
No Parque Amazônia, Célio Antônio Teodoro, de 46 anos, foi avisado da suspensão das aulas pela direção da Escola Monteiro Lobato quando estava na porta do estabelecimento. Foi a segunda vez em duas semanas, o que deixou Célio sem ter onde deixar a filha de 8 anos.
No Colégio Educandário Goiás, no Setor Bueno, a água também acabou, mas as aulas não foram suspensas porque a escola possui poço artesiano. Na Escola Infantil Viver, no Setor Bela Vista, as atividades foram mantidas somente até 9 horas para realização de provas.
No Instituto Pestalozzi de Goiânia, 350 estudantes ficaram sem aula devido à falta de água. Os Colégios Estaduais Dom Abel, Polivalente Tributário Henrique Silva e Pedro Xavier suspenderam as aulas, assim como a escola de inglês CNA. O problema afetou atividades comerciais. Pit-dogs deixaram de atender e restaurantes serviram comida em pratos descartáveis.
Queda de energia atrasa serviços da Saneago
Alfredo Mergulhão
A expectativa de normalizar hoje o fornecimento de água para a Região Metropolitana de Goiânia foi adiada para amanhã. Devido à interrupção de quatro horas no serviço de energia elétrica na noite de terça-feira, a regularização no abastecimento ocorrerá somente na sexta-feira.
O atraso no cronograma aconteceu porque a Estação de Tratamento de Água do Sistema João Leite e as estações de bombeamento espalhadas pela cidade ficaram sem energia elétrica para funcionar. Entre a noite de segunda-feira e a manhã de ontem, a Saneamento de Goiás (Saneago) deixou de produzir água potável por 18 horas, tanto pela sujeira carregada pelas chuvas quanto pela falta de energia elétrica.
Cerca de 20 bairros localizados na Região Leste da capital tiveram o abastecimento normalizado ontem. Outros 140 na Região Metropolitana da capital ainda estão com falta de água. "A qualidade da água bruta está dentro dos padrões, resta agora o bombeamento levar a água para todos os pontos", disse o superintendente da Região Metropolitana da Saneago, Rivadávia Matos Azevedo.
A normalização do atendimento ocorre na sequencia dos bairros, a partir da área de captação. Os últimos lugares a ter o abastecimento regularizado serão os que ficam na Região Sul da capital, a parte mais alta da cidade. No final da fila estão o Parque Atheneu, Parque das Laranjeiras, Condomínio Alphaville, Setor Pedro Ludovico e Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia.
A Agência Goiana de Regulação (AGR) tem em mãos um relatório elaborado pela Saneago contendo explicações sobre os problemas no abastecimento nos últimos dois meses.
O documento está em análise pela Gerência de Saneamento do órgão. "Vamos pedir explicações oficialmente à à Saneago sobre os acontecimentos desta semana. A Saneago tem que provar em relatório que as justificativas deles são plausíveis. Queremos garantir a qualidade do serviço", disse a diretora de Saneamento e Recursos Naturais da AGR, Ana Carolina Costa.
Hoje, às 15 horas, haverá uma reunião para discutir a falta de água na Grande Goiânia. O encontro será no Ministério Público estadual (MP), a pedido do coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, Érico Pina.
O promotor informa que o MP estuda ajuizar uma ação civil pública pedindo condenação da Saneago a "indenizar o sofrimento do consumidor" por danos morais coletivos. Ele diz que vai agendar para fevereiro reuniões de planejamento para preparar a Grande Goiânia ao enfrentamento da estiagem em 2011.
Fonte: Jornal O Popular
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