A falta de água tratada já acomete 26 municípios goianos. O período de estiagem se amplia, a previsão de chuvas continua incerta e enquanto isso os reservatórios são sacrificados. A Saneago divide o Estado em duas regiões ao analisar os sistemas de abastecimento. Sendo assim, 17 cidades da região Norte e 9 da região Sul se encontram na situação.
O superintendente dos Serviços do Interior, Eli Baeba de Melo, considera o quadro atual mais preocupante do que o ocorrido em 2009. No ano passado, apenas 3 cidades da região Sul sofreram com a falta de água. Para conter o avanço e as conseqüências para a população a Saneago implanta algumas medidas nos municípios como a utilização de caminhões pipa, construção de poços artesianos e gerenciamento dos registros.
As medidas de contenção são realizadas todos os anos quando começam a ser detectados no Estado os casos de ausência de abastecimento. Cidades que fizeram parte da relação no ano passado, por exemplo, já não se encontram hoje na mesma situação por causa das adaptações feitas. “Campinorte, Gouvelândia e Piracanjuba são exemplos disso”, cita Baeba. Nestas, procederam a construção de poços alternativos em 2009.
Em Formosa, uma das cidades que estão na relação da Saneago este ano, localizada a 282 quilômetros de Goiânia, os funcionários do órgão realizam operação preventiva. Em 2008, o Rio Bandeirinha, responsável pelo abastecimento da população teve o nível diminuído drasticamente. A capacidade normal de vazão do município é de 215 litros por segundo. Na época chegou a atingir 100 litros, reduzindo 46,5%.
“A intenção é não deixar que o quadro chegue à situação conferida dois anos atrás”, diz Geraldo Magela Bittar, gerente regional da Saneago de Formosa. Ele explica que, hoje, o abastecimento está normal, mas a estiagem prolongada não deixa de alarmar o município. Campanhas no rádio e nas escolas já vêm sendo realizadas para conscientizar as pessoas em relação ao uso da água. A partir da próxima semana, três novos poços artesianos serão implantados no município, o que significará um acréscimo na vazão de 41 litros por segundo.
Distância
Outras cidades que constam na lista, segundo Eli Baeba, apresentam a falta de água apenas em algumas localidades. Jussara, oeste do Estado, 220 quilômetros de Goiânia, é uma delas. Os setores Vila Nova e Aeroporto, que ficam mais distantes do centro do município sofrem mais. “Com certeza, as residências que ficam em setores distantes ou em locais altos são vítimas fáceis da diminuição do abastecimento”, diz Baeba.
O superintendente aconselha os proprietários a implantar reserva familiar (caixa d’água) nas casas e comércios que não possuem. Assim, o impacto de uma paralisação repentina no abastecimento ou mesmo do controle dos registros, que fecham em horários específicos do dia para conter o consumo, seria menor e os moradores poderiam ter o acesso garantido à água.
A previsão de chuva para o Estado ainda é incerta e o superintendente Eli Baeba explica que mesmo que venha a chover até o fim do mês não significa, entretanto, que os reservatórios voltem ao normal. “É preciso uma chuva prolongada”, salienta. Ele calcula que em algumas cidades, a produção de água tenha diminuído até 20%. O uso consciente e a vigilância para que não haja desperdício são ações pontuadas por Baeba que precisam ser implantadas neste período.
Segundo a Saneago, Goiânia e os municípios da região metropolitana não apresentam registros de falta de água. A paralisação do abastecimento de alguns bairros da capital e Aparecida este fim de semana ocorreu por causa de um reparo feito em uma das válvulas da adutora de água tratada do Sistema João Leite. “Não existe problema de abastecimento em Goiânia ocasionado por falta de água, tampouco medidas de racionamento”, diz o superintendente metropolitano, Rivadávia Matos.
ABASTECIMENTO DE GOIÂNIA NORMALIZA HOJE
É previsto para hoje a normalização do abastecimento de água de alguns setores de Goiânia e Aparecida. Na madrugada de domingo o Sistema João Leite teve de ser paralisado para conserto e 166 bairros foram afetados. A previsão inicial da Superintendência Metropolitana era que a normalidade voltasse na segunda-feira (20), mas uma queda de energia ocorrida durante a manhã comprometeu a retomada e paralisou o abastecimento. "Não fosse o incidente, o abastecimento já estaria 100%", diz Rivadávia.
Segundo a Celg, o motivo foi um incêndio ocorrido na região próxima ao João Leite, que afetou a rede de energia, causando o rompimento de condutores e o desligamento da distribuição a cerca de 2,2 mil consumidores dos bairros Vila Fróes, Vila Montecelli, Vila Jaraguá e Santa Genoveva. O início da recuperação da rede só foi possível após a ação do Corpo de Bombeiros.
Até ontem, os bairros que possuíam alguns locais com falta de água eram Parque Amazonas, Setor Bueno, Setor Serrinha e alguns de Aparecida, ou seja, locais altos e distantes do Sistema João Leite. "O bombeamento será retomado em nível máximo", garante o superintendente.
Fonte: Jornal O Hoje
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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