Embora tenha diminuído na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o prejuízo da Celgpar - holding da Celg Distribuição e da Celg Geração e Transmissão - ainda foi de R$ 81,315 milhões no segundo trimestre.
A Celgpar é a empresa que teve o quarto maior prejuízo entre as 20 empresas brasileiras de capital aberto que registraram as maiores perdas no período, de acordo com a constatação da consultoria Economática. Foram analisados os balanços financeiros de 350 companhias brasileiras de capital aberto, enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O balanço leva em consideração todas as despesas com operação, administração e com o que chamam de jogo financeiro das empresas. Das 20 empresas, sete são do setor de energia elétrica. São elas: Rede Energia, Celgpar, Ceee-D, Celpa, MPX Energia, Cemat e Ceb.
As perdas financeiras da Celgpar, de R$ 81,315 milhões, no segundo trimestre deste ano, são bem inferiores ao total do prejuízo registrado no trimestre anterior, de R$ 189,427 milhões.
No primeiro semestre deste ano, o prejuízo acumulado chega a R$ 270,742 milhões. Esse valor é quase três vezes o total das perdas registradas em todo o ano de 2009, de R$ 91,03 milhões, conforme o balanço divulgado pela empresa em abril último.
Causas O presidente da Celgpar, Carlos Silva, garante que administrativamente a empresa está bem gerida. "O que não conseguimos administrar, contra a nossa vontade, é a parte financeira, em função das dívidas acumuladas há muitos anos", justifica.
Segundo ele, o que provocou o prejuízo de R$ 81,315 milhões da Celgpar no segundo trimestre deste ano foram a alta da taxa Selic, de 8,75% para 10,75% no segundo trimestre; a pressão cambial sobre as dívidas da empresa, principalmente com Itaipu, que passou de R$ 17 milhões para R$ 90 milhões.
Ele lembra, também, como fator preponderante na questão, o não reajuste contábil da dívida de R$ 1,596 bilhão que o Estado tem com a empresa. "Preferimos ser conservadores ao lançar os números das contas a receber no balanço. Se tivéssemos contabilizado os juros o valor lançado seria de R$ 1,721 bilhão", esclarece Carlos Silva.
De acordo com ele, embora a parte financeira tenha ficado negativa em R$ 81,315 milhões, o balanço operacional foi positivo em R$ 45,498 milhões, recuperando as perdas do primeiro trimestre, que foram negativas em R$ 23,259 milhões.
A expectativa do presidente da Celgpar é que, uma vez acertada a questão da negociação da dívida da empresa, graças ao empréstimo que o governo está viabilizando junto a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 3,7 bilhões, e o governo possa fazer o aparte de recursos na estatal, de mais R$ 2 bilhões, ela se torne viável econômico-financeira, e assim, apresente melhores números no balanço financeiro do fechamento deste e dos próximos anos.
Líder De acordo com a Economática, a empresa com o maior prejuízo no período de abril a junho foi a GP Investimentos, que registrou perdas de R$ 344, 92 milhões. Em seguida está a Rede Energia, com prejuízo de R$ 192,21 milhões.
Duas empresas do empresário Eike Batista, a MPX, do setor de energia, e a MMX, de mineração, estão na lista das 20 companhias com maior prejuízo no período. Outros resultados de destaque mostrados pela pesquisa são a TAM e a GOL. As companhias aéreas ocuparam o terceiro e o nono lugares, respectivamente.
Fonte: Jornal O Popular
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