Os trabalhadores goianos de 17 categorias profissionais que negociaram reajustes salariais no primeiro semestre deste ano conseguiram bom resultados nas mesas de negociação com seus empregadores. Todas essas categorias em Goiás conquistaram reajustes reais, ou seja, acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, acumulada desde o último reajuste. No País, 88% das 290 categorias conseguiram reajustes acima da inflação. A retomada do crescimento econômico é apontada como a principal razão para este bom desempenho das negociações.
O balanço das negociações salariais no Estado, divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), revela que sete categorias em Goiás tiveram ganho real de até 1%, seis conseguiram reajuste de até 2% acima da inflação e quatro obtiveram até 3% de ganho real.
O desempenho das negociações feitas no primeiro semestre de 2010 foi bem melhor que nos anos anteriores. No mesmo período de 2009, das 17 negociações realizadas, 11 resultaram em reajustes acima da inflação, 4 ficaram igual ao INPC do período e 2 não conseguiram recuperar nem a defasagem provocada pela inflação. Este ano, o cenário foi bem melhor para o trabalhador. Todos os 17 reajustes foram pagos em uma vez na data-base da categoria, ao contrário de anos anteriores quando algumas categorias receberam de forma parcelada.
Ambiente A supervisora técnica do Dieese-Goiás, Leila Brito, acredita que o aumento real do salário mínimo ajudou a facilitar as negociações das categorias específicas. Ela lembra que os bons indicadores econômicos atuais, como o crescimento da geração de empregos, da produção industrial e das vendas do comércio, também criaram um bom ambiente para o fechamento de acordos salariais com reajustes acima da inflação. "Tudo isso aumentou o poder de barganha desses trabalhadores", destacou Leila.
O próprio ambiente de inflação sob controle também trouxe mais facilidades para a mesa de negociações. De acordo com a supervisora técnica do Dieese, a previsão é que os acordos continuem favoráveis às categorias de trabalhadores que têm sua data-base no segundo semestre por conta das boas perspectivas econômicas deste ano, como a previsão de aquecimento do consumo interno.
Das 17 categorias que fecharam acordos salariais em Goiás no primeiro semestre, sete são de segmentos da indústria, seis do comércio e quatro do setor de serviços. Cerca de 94% dos reajustes foram fechados por convenções coletivas de trabalho.
No País, índice chega a 97% das negociações
São Paulo- A quase totalidade (97%) de 290 categorias profissionais conseguiu reajuste de salário igual ou superior à inflação em negociações ocorridas durante o primeiro semestre, aponta levantamento feito pelo Dieese.
Além disso, notam os pesquisadores, os reajustes obtidos foram melhores que os ganhos salariais negociados em 2008 (ano de crescimento econômico) e em 2009 (ano de crise, em que a economia encolheu).
A taxa de 97% é mais alta que a verificada em 2008 e 2009, quando 87% e 93% dos grupos de trabalhadores tiveram sucessos semelhantes, respectivamente. O instituto leva em conta o índice de inflação INPC, considerando o período entre os dois reajustes de salário.
Segundo a instituição, uma parcela de 88% dos grupos de trabalhadores monitorados conseguiu obter reajuste acima da inflação, sendo que boa parte (40% desses grupos) obteve um ganho salarial de até 1% sobre a inflação do período.
A minoria (5% das categorias) conseguiu reajustes com ganho de ao menos 5% sobre o INPC do período.(Folhapress)
Fonte: Jornal O Popular
Destaques
Veja nosso Hino!
Clique para ouvir o Hino!!!
Newsletter
Stiueg
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949,
com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a
extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...