24/08/2010
Alfredo Mergulhão
Todo o perímetro da Barragem do Rio João Leite ganhará cercas em 60 dias, contados a partir de hoje. A área do entorno do lago será isolada para evitar o uso do reservatório por animais e pessoas. A responsabilidade pela intervenção é da Saneamento de Goiás (Saneago), de acordo com o contrato de licitação firmado na época da construção da barragem. A medida foi acertada na tarde de ontem, durante reunião no Ministério Público Estadual (MP).
Criada para ser a caixa d’água da capital, a barragem deveria ser intangível ao público, mas tem sido usada como local de pesca e passeio pelos moradores da região. Em maio deste ano, policiais da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) chegaram a identificar pontos poluidores nas margens do lago, durante uma fiscalização preventiva nas proximidades da BR-060, que liga Goiânia a Anápolis. Na ocasião, a equipe localizou itens característicos de piqueniques, como sacos de lixo e garrafas pet.
Indícios de pesca clandestina também foram constatados. Na época, o delegado titular da Dema, Luziano de Carvalho, chegou a sugerir a instalação de uma cerca de proteção em torno do lago. Agora, a proposta entrará em prática. A Saneago terá de efetuar o cercamento dos mais de 72 quilômetros de perímetro da barragem. O material será semelhante ao utilizado em fazendas, com arame liso e farpado, exceto no trecho próximo à BR-060. Neste ponto haverá um alambrado.
A fiscalização da obra será feita pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que deverá ser comunicada sobre a conclusão do serviço com 15 dias de antecedência. Caso haja descumprimento do prazo, o MP poderá adotar medidas administrativas para punir a Saneago, como embargo do empreendimento ou cassação da licença para uso e comercialização da água. "Vamos cobrar que a Saneago cumpra as condições impostas pela Semarh para a garantia de abastecimento de água com qualidade para Goiânia. O lago não é opção de lazer e deve ter cesso restrito", disse o promotor Cássio Zarzur.
O superintendente de Fiscalização da Semarh, Greide Ribeiro Júnior, cobrou eficiência na conclusão do cercamento e a efetiva proteção da barragem, que fica ao lado do Parque Ecológico Altamiro Moura Pacheco, dentro da unidade de conservação. Para a Saneago, também é vantagem evitar que agentes de poluição utilizem o lago. Quanto mais poluído estiver o reservatório, mais caro fica para a concessionária tratar a água. E este custo é repassado ao consumidor. "Com a delimitação da área, a vigilância poderá dizer que a partir de determinado ponto é proibida a entrada e permanência", afirmou o diretor de Engenharia da Saneago, Mário João de Souza.
O Batalhão de Polícia Militar Ambiental apresentou proposta de instalação de quatro postos de observação dentro área de proteção ambiental. A medida tem objetivo de ampliar a vigilância da barragem. Cada posto ficaria em pontos elevados nas margens do lago, formando um quadrilátero, com comunicação entre todos eles, de modo que possibilitaria a fiscalização do espaço ao longo das 24 horas do dia.
Hoje, a Barragem do João Leite tem 15 policiais divididos em três turnos para realizar a vigilância. No entanto, o Batalhão Ambiental quer ampliar este número para 32 militares, em turnos de 12 horas. "Ficaríamos com 16 homens a todo instante cuidando do lago, mas precisamos que a Saneago entre com infraestrutura e recursos, uma vez que ela transforma água em dinheiro", disse o tenente Laudimar Inácio Taveira.
Construída com capacidade de armazenar até 129 bilhões de litros de água para serem tratadas pela Saneago, volume capaz de abastecer Goiânia até 2025, a barragem utilizou investimentos da ordem de R$ 188 milhões até o momento.
Fonte: O Popular
Todo o perímetro da Barragem do Rio João Leite ganhará cercas em 60 dias, contados a partir de hoje. A área do entorno do lago será isolada para evitar o uso do reservatório por animais e pessoas. A responsabilidade pela intervenção é da Saneamento de Goiás (Saneago), de acordo com o contrato de licitação firmado na época da construção da barragem. A medida foi acertada na tarde de ontem, durante reunião no Ministério Público Estadual (MP).
Criada para ser a caixa d’água da capital, a barragem deveria ser intangível ao público, mas tem sido usada como local de pesca e passeio pelos moradores da região. Em maio deste ano, policiais da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) chegaram a identificar pontos poluidores nas margens do lago, durante uma fiscalização preventiva nas proximidades da BR-060, que liga Goiânia a Anápolis. Na ocasião, a equipe localizou itens característicos de piqueniques, como sacos de lixo e garrafas pet.
Indícios de pesca clandestina também foram constatados. Na época, o delegado titular da Dema, Luziano de Carvalho, chegou a sugerir a instalação de uma cerca de proteção em torno do lago. Agora, a proposta entrará em prática. A Saneago terá de efetuar o cercamento dos mais de 72 quilômetros de perímetro da barragem. O material será semelhante ao utilizado em fazendas, com arame liso e farpado, exceto no trecho próximo à BR-060. Neste ponto haverá um alambrado.
A fiscalização da obra será feita pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que deverá ser comunicada sobre a conclusão do serviço com 15 dias de antecedência. Caso haja descumprimento do prazo, o MP poderá adotar medidas administrativas para punir a Saneago, como embargo do empreendimento ou cassação da licença para uso e comercialização da água. "Vamos cobrar que a Saneago cumpra as condições impostas pela Semarh para a garantia de abastecimento de água com qualidade para Goiânia. O lago não é opção de lazer e deve ter cesso restrito", disse o promotor Cássio Zarzur.
O superintendente de Fiscalização da Semarh, Greide Ribeiro Júnior, cobrou eficiência na conclusão do cercamento e a efetiva proteção da barragem, que fica ao lado do Parque Ecológico Altamiro Moura Pacheco, dentro da unidade de conservação. Para a Saneago, também é vantagem evitar que agentes de poluição utilizem o lago. Quanto mais poluído estiver o reservatório, mais caro fica para a concessionária tratar a água. E este custo é repassado ao consumidor. "Com a delimitação da área, a vigilância poderá dizer que a partir de determinado ponto é proibida a entrada e permanência", afirmou o diretor de Engenharia da Saneago, Mário João de Souza.
O Batalhão de Polícia Militar Ambiental apresentou proposta de instalação de quatro postos de observação dentro área de proteção ambiental. A medida tem objetivo de ampliar a vigilância da barragem. Cada posto ficaria em pontos elevados nas margens do lago, formando um quadrilátero, com comunicação entre todos eles, de modo que possibilitaria a fiscalização do espaço ao longo das 24 horas do dia.
Hoje, a Barragem do João Leite tem 15 policiais divididos em três turnos para realizar a vigilância. No entanto, o Batalhão Ambiental quer ampliar este número para 32 militares, em turnos de 12 horas. "Ficaríamos com 16 homens a todo instante cuidando do lago, mas precisamos que a Saneago entre com infraestrutura e recursos, uma vez que ela transforma água em dinheiro", disse o tenente Laudimar Inácio Taveira.
Construída com capacidade de armazenar até 129 bilhões de litros de água para serem tratadas pela Saneago, volume capaz de abastecer Goiânia até 2025, a barragem utilizou investimentos da ordem de R$ 188 milhões até o momento.
Fonte: O Popular
