Telefone: (62) 3233-0712 Email: stiueg@uol.com.br Contato Hino STIUEG

Leia..

Após desistência de Alcides, Marconi buscará empréstimo

Salve e compartilhe
23/08/2010

Alexandre Bittencourt
Editor de Política & Justiça

Depois que o governador Alcides Rodrigues (PP) anunciou que vai desistir de continuar a negociação com a Eletrobras para sanear as contas da Celg, o senador Marconi Perill (PSDB), candidato ao governo da coligação Goiás Quer Mais, deu início a articulação para mobilizar a bancada federal de Goiás no Congresso Nacional, entidades de classe, Fórum Empresarial,  Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado (Stiueg) e a sociedade goiana para buscar soluções para a crise da companhia. Marconi vai procurar a Aneel e a Eletrobras amanhã para discutir o impasse. 

A ideia do senador é colocar em prática o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa no último dia 18, que autoriza o empréstimo de R$ 3,7 bilhões da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para sanear as contas da empresa, mas impõe como condição que a prioridade da Celg seja pagar os encargos setoriais que a estatal deve à Eletrobras, no valor aproximado de R$ 1 bilhão. Depois de quitar a dívida com a União, a empresa conquistará de volta o direito de reajustar a tarifa de energia elétrica cobrada dos consumidores de todo o Estado. Deve haver reajuste imediato de 20%. 

A desistência do governador tem tudo a ver com a derrota que ele sofreu na Assembleia. O projeto aprovado sofreu modificações por parte do relator, deputado Daniel Messac (PSDB), autor de emenda que impõe que a primeira parcela do empréstimo seja utilizada para quitar o débito com a Eletrobras. A proposta original enviada pelo governador dava autonomia à Celg para decidir quais compromissos financeiros ela atenderia primeiro. Entre estes compromissos está a dívida de R$ 750 milhões da empresa com o próprio governo, que poderia utilizar o recurso como bem entendesse.

O texto inicial, defendido até o último minuto pelo líder do governo na Casa, Ernesto Roller (PP), foi derrubado por 22 votos a 13. A articulação foi liderada por deputados do PSDB e do PMDB, que convenceram os colegas a evitar o risco de o Palácio das Esmeraldas usar o fluxo extra de caixa para “estreitar” a relação com os prefeitos, por meio de convênios, e os convencer a apoiar os candidatos a deputado que têm a preferência de Alcides – entre os nomes mencionados dos corredores da Assembleia às vésperas da votação, estão Ney Nogueira, Evandro Magal e Laudeni Lemes (PP). 

Fontes do governo afirmam que Alcides perdeu o “estímulo” necessário para fazer avançar a operação e concretizar o empréstimo, ainda que tenha dito o contrário ao O Popular. A oposição avalia que, ao desistir da negociação, o governador possa ter se adiantado à divulgação da notícia de que o repasse da primeira parcela não ocorrerá até o final do ano em hipótese nenhuma.
Mudanças
Na sexta-feira, Marconi defendeu as alterações promovidas pela Assembleia no projeto da Celg, e disse que o texto foi “mudado para melhor”. “A decisão foi correta, porque os recursos não poderiam ser desviados para outras finalidades. Os recursos vão ser aplicados integralmente para pagar o débito que a Celg tem para, com isso, se tornar uma empresa adimplente e com as contas reguladas. Acho que é o caminho mais sério. Se realmente a preocupação do governo é resolver o problema da Celg, na minha opinião, o caminho é esse”, afirmou o candidato. 

O senador tucano refutou também a declaração de Alcides de que os deputados desperdiçaram a última chance de salvar a Celg, bem como a comparação da empresa a um paciente em estado terminal, que teve os aparelhos desligados. “Eu não acredito nisso, pelo contrário. Se há boa vontade do governo, o melhor que ele deve fazer é cumprir suas obrigações junto à Eletrobras, colocar a Celg adimplente para que ela possa se equilibrar financeiramente”, disse. “Os deputados fizeram a parte deles, melhoraram muito o projeto, que agora vai destinar exclusivamente o pagamento do débito da Celg para a Eletrobras.” Marconi afirmou também que conversou com técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que ouviu deles elogios para a mudança promovida pela Assembleia no projeto.

 

Deputado Fábio Sousa reclama de crítica “genérica”

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado estadual Fábio Sousa (PSDB), disse que o governador Alcides Rodrigues (PP) foi “genérico” ao falar que o partido tucano sabotou o governo ao votar contra o projeto inicial de empréstimo de R$ 3,72 bilhões para quitar as dívidas da Celg. 

“O governador pode ter ficado revoltado com a decisão da Assembleia. Mas ele não pode creditar apenas ao PSDB a votação. O governo recebeu votos contrários da bancada inteira do PR e praticamente da maioria dos deputados do PMDB. Por que creditar os votos apenas ao PSDB? Foram quase todos os partidos que votaram em unanimidade”, disse. 

Fábio discorda das afirmações do governador de que o partido tucano tentou atrapalhar a administração pepista. “Alcides falou que o PSDB atrapalhou o governo dele e que sempre boicotou. Isso não é verdade. O partido apoiou o governo dele em 98% dos projetos que ele apresentou. O partido foi o grande aliado, parceiro e responsável pela eleição de Alcides em 2006 e que mais deu sustentabilidade ao seu governo até agora”, afirma. 

O deputado disse que a decisão tomada pelo PSDB na Assembleia na última semana, foi para salvar a Celg e resguardá-la de possíveis consequências no futuro. Caso o projeto não fosse aprovado com as considerações do relator, o deputado Daniel Messac (PSDB). 

“A Assembleia usou a prerrogativa de legislar e decidir, em maioria, o melhor para a Celg. Todos os deputados avaliaram que era necessário um projeto abrangente para atender o interesse da estatal, que é o pagamento da dívida. Por isso, a primeira parcela será destinada para quitar a dívida para a Celg fique adimplente para ir atrás de seus próprios recursos", disse.


Fonte: Jornal Diário da Manhã

Destaques

Newsletter

Stiueg

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...

Onde estamos

® STIUEG.ORG.BR
Rua R-2 nº 210 Setor Oeste
Goiânia - Goiás CEP: 74125-030
Telefone: (62) 3233-0712
Email: stiueg@uol.com.br

Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Supera Web X