Alexandre Canazio,
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social apresentou nesta quarta-feira, 11 de agosto, balanço de desembolsos para os sete primeiros meses do ano. O setor elétrico recebeu R$ 6,050 bilhões até julho, 7% menos que no mesmo período do ano anterior. No acumulado de 12 meses, o setor recebeu R$ 13,727 bilhões.
As aprovações para o setor chegam a R$ 6,240 bilhões de janeiro a julho, com 45% de recuo em comparação ao mesmo período anterior. Em 12 meses, as aprovações para o setor chegam a R$ 11,841 bilhões. A perspectiva do BNDES é que os desembolsos para o setor cheguem a R$ 16 bilhões este ano.
O segmento de infraestrutura recebeu R$ 28,286 bilhões em sete meses, com alta de 15% em comparação aos mesmos meses de 2009. No acumulado de um ano, os desembolsos para o setor chegaram a R$ 52,3 bilhões, com alta de 23%. As aprovações cresceram 18% para R$ 37,142 bilhões. Para o período de um ano, a infraestrutura recebeu aprovações de R$ 64,764 bilhões, 12,9% a mais.
"Esses números revelam a força dos investimentos. Temos uma carteira de projetos forte em infraestrutura e indústria, o que mostra um crescimento bastante expressivo", analisou Luciano Coutinho, presidente do BNDES, em entrevista coletiva, no Rio de Janeiro. O desembolso total do banco chegou a R$ 72,656 bilhões no ano, com queda de 2%. Contudo, no período de 12 meses, as liberações cresceram 11% para R$ 134,960 bilhões.
Segundo Coutinho, a queda no ano se deve à operação especial com a Petrobras, em julho do ano passado, no qual a empresa recebeu R$ 25 bilhões. Excluíndo essa operação do balanço, os desembolsos teriam crescido 48%. O BNDES aprovou empréstimos de R$ 99,6 bilhões até julho, com alta de 14%. Em 12 meses, as aprovações chegam a R$ 182,3 bilhões, com crescimento de 21%.
Os enquadramentos cairam 5% em sete meses para R$ 104,539 bilhões e as consultas aumentaram 1% para R$ 134,142 bilhões. Para Coutinho, esses números mostram que o investimento continua robusto e se recuperando em relação a crise financeira de 2008. Ele disse que a relação investimento/PIB chegou a 19% este ano, mesmo patamar do pré-crise. E a perspectiva é chegar a 22,2%.
"Essa perspectiva de investimento traz um grande desafio de financiamento", afirmou. Ele espera um crescimento mais moderado da economia no segundo semestre, principalmente, em relação ao forte crescimento do primeiro trimestre. Contudo, ele ressalta que isso não significa queda na busca do financiamento.
Coutinho disse que os investimentos de longo prazo como de energia elétrica não dependem tanto da variação da economia, já que segue um planejamento estatal. "A carteira de energia cresce. Tivemos Santo Antônio e Jirau. Agora vem Belo Monte, Tapajós. Há ainda as fontes alternativas, que melhoramos as condições de financiamento, recentemente", ponderou. Ele acrescentou que a área de infraestrutura tem gargalos a serem vencidos e é preciso ampliar a escala de investimento.
O presidente do BNDES rebateu ainda as críticas de que o banco tem privilegiado grandes grupos. Segundo ele, um terço dos empréstimos foram para pequenas e médias empresas do país, através, principalmente, de correspondentes bancários. Ele disse ainda que o país não tem um sistema de financiamento privado estruturado para os grandes projetos.
Fonte: Agência Canal Energia
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