Policiais da Delegacia Estadual de Defesa do Consumidor (Decon) em parceria com servidores da Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) iniciaram ontem uma ação que visa desarticular ligações clandestinas instaladas para furto de água. Um levantamento preliminar, feito pelas duas instituições ao longo dos últimos seis meses, constatou que cerca de 80 lavanderias e lavajatos localizados em diferentes pontos de Goiânia captam água por meio de ligações irregulares. O crime, conforme a Decon, causa prejuízos de aproximadamente R$ 5 milhões por mês à Saneago.
O delegado Edemundo Dias de Oliveira Filho, titular da Decon, informa que grande parte dos estabelecimentos vistoriados tem a ligação regular e um cano instalado de forma clandestina. O levantamento, conforme diz, começou a ser feito a pedido da Saneago, devido à constatação de grande diferença entre o valor da conta e o consumo real de água. A Decon estima que a maioria das empresas investigadas paga apenas 10% da água consumida.
Denominada Gato nÁgua, a operação iniciada ontem objetiva, segundo o delegado, confirmar a prática do crime e coletar provas materiais. No primeiro foram fiscalizadas seis empresas. Destas, duas utilizavam ligações clandestinas. Uma delas, uma lavanderia, está localizada no Bairro Ipiranga. As equipes compostas por policiais civis e trabalhadores da Saneago chegaram ao local durante a tarde e usaram retroescavadeira para encontrar a ligação irregular.
O delegado diz que os autores da fraude têm utilizado artifícios para dificultar a identificação da água captada clandestinamente, entre eles o uso de cloro. A polícia suspeita que o crime esteja sendo cometido com a ajuda de ex-servidores da Saneago.
Leitor poderá questionar saneamento
Como equacionar a crescente demanda por saneamento básico - fornecimento de água tratada e coleta e tratamento de esgoto - em Goiânia e outros municípios, ante a escassez de recursos.
A Saneago é o órgão estadual responsável por implantar as redes de abastecimento e coleta de esgoto. Mas a empresa enfrenta diversos tipos de problemas, até mesmo o roubo de água, como o revelado ontem (leia reportagem nesta página).
Esta semana também houve ameaça de prefeitos que querem universalizar o esgoto em cinco grandes municípios - e falam em terceirizar. A Saneago teria de aplicar em cinco anos um montante superior a R$ 1,4 bilhão para atender o pedido e assim evitar a perda desses novos clientes.
A estimativa de Nicomedes é de que isso geraria um reajuste de 28% da tarifa. Por que não é possível atender a reivindicação sem promover um reajuste tão elevado da tarifa? Os recursos federais para Saneamento não são suficientes ou eles não chegam em Goiás? O presidente da Saneago poderá responder as questões.
Outro ponto que poderá ser abordado é a qualidade da água fornecida em Goiânia. Segundo exames encomendados pela Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), a população que vinha reclamando da cor da água tinha motivos. Os laudos mostraram resultados fora dos limites toleráveis nos índices de cor, turbidez e ferro total em 8, de 24 amostras analisadas.
Fonte: O Popular
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