07/07/2010
Marília Assunção
Em busca da universalização rápida do serviço de esgoto, prefeitos de cinco grandes cidades goianas ameaçam a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) com ações judiciais e rompimento das concessões. Eles anunciaram a intenção de fazer parcerias público-privadas (PPPs) para substituir a implantação das redes pela Saneago por outras empresas.
O assunto foi tratado ontem na Saneago pelos prefeitos de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela; de Trindade, Ricardo Fortunato; de Jataí, Humberto Machado - todos do PMDB -, além de Célio Silveira (PSDB), de Luziânia, e de Juraci Martins (DEM), de Rio Verde.
Com cobertura de esgoto sanitário que atinge apenas 15% da população de Aparecida, Maguito Vilela divulgou que os insatisfeitos têm o apoio da Frente de Mobilização Municipalista e sugeriu que o serviço de esgoto poderá ser assumido por uma empresa já criada pela prefeitura com o aval da Câmara, a Agência de Saneamento de Aparecida (ASA).
O presidente da Saneago, Nicomedes Borges, disse que não descartou a reivindicação. "Vamos fazer uma análise criteriosa antes de responder", informou, mas antecipando que as alternativas já consideradas não são muito favoráveis a que a Saneago assuma o compromisso de universalizar no prazo de cinco anos.
Nicomedes chega a afirmar que vê as PPPs com bons olhos. "Tenho simpatia, mas é bom que esteja claro que empresa privada pensa em lucro e a conta será paga pelo consumidor", observou. Se a Saneago atendesse o pedido, teria de investir mais de R$ 1,4 bilhão a curto prazo. "Isto me leva a pensar em uma tarifa de esgoto elevada em pelo menos 28%", avalia, alertando: "Os consumidores devem ser consultados para ver se estão dispostos a esse aumento na tarifa". Nicomedes frisa que a legislação exige a realização de consulta pública nesses casos.
Atuação de empresa é tema do Face a Face
A necessidade de mais investimentos para universalizar serviços como o fornecimento de água e a coleta e tratamento de esgoto não é o único desafio enfrentado pela Saneamento de Goiás S.A. (Saneago). Recentemente a empresa enfrentou questionamentos dos consumidores e da Agência Goiana de Regulação Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), quanto à qualidade da água que está fornecendo em Goiânia.
Sobre essas e outras questões o presidente da Saneago, Nicomedes Borges, será o entrevistado dessa semana no Face a Face do POPULAR. Os leitores poderão enviar as perguntas até quinta-feira, às 15 horas, no endereço www.popface.com.br. A entrevista será publicada pelo jornal na edição de sábado.
Estavam fora dos limites toleráveis os índices de cor, turbidez e ferro total encontrados em 8, de 24 amostras coletadas e analisados pela AGR em pontos atendidos pela Estação de Tratamento do Ribeirão João Leite, responsável pelo abastecimento de 49% da população de Goiânia. No Face a Face, Nicomedes poderá explicar o que houve com o tratamento da água.
A manifestação dos prefeitos de cinco cidades (veja reportagem nesta página) cobrando a universalização de esgoto, mostra as dificuldades da Saneago para promover investimentos em saneamento básico e atender as metas de universalização. Mas, se o movimento dos prefeitos por parcerias público-privadas (PPPs) implicar uma concorrência com a Saneago, a empresa, que é uma estatal de economia mista, está pronta para sobreviver? É uma das perguntas que podem ser feitas pelos leitores que participarem.
A Saneago presta serviços de abastecimento de água e outros em 223 municípios e mais 43 localidades de Goiás, totalizando 266 comunidades. Destes, em 37 municípios a empresa fatura serviços de coleta e transporte de esgoto sanitário.
Fonte: Jornal O Popular
Em busca da universalização rápida do serviço de esgoto, prefeitos de cinco grandes cidades goianas ameaçam a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) com ações judiciais e rompimento das concessões. Eles anunciaram a intenção de fazer parcerias público-privadas (PPPs) para substituir a implantação das redes pela Saneago por outras empresas.
O assunto foi tratado ontem na Saneago pelos prefeitos de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela; de Trindade, Ricardo Fortunato; de Jataí, Humberto Machado - todos do PMDB -, além de Célio Silveira (PSDB), de Luziânia, e de Juraci Martins (DEM), de Rio Verde.
Com cobertura de esgoto sanitário que atinge apenas 15% da população de Aparecida, Maguito Vilela divulgou que os insatisfeitos têm o apoio da Frente de Mobilização Municipalista e sugeriu que o serviço de esgoto poderá ser assumido por uma empresa já criada pela prefeitura com o aval da Câmara, a Agência de Saneamento de Aparecida (ASA).
O presidente da Saneago, Nicomedes Borges, disse que não descartou a reivindicação. "Vamos fazer uma análise criteriosa antes de responder", informou, mas antecipando que as alternativas já consideradas não são muito favoráveis a que a Saneago assuma o compromisso de universalizar no prazo de cinco anos.
Nicomedes chega a afirmar que vê as PPPs com bons olhos. "Tenho simpatia, mas é bom que esteja claro que empresa privada pensa em lucro e a conta será paga pelo consumidor", observou. Se a Saneago atendesse o pedido, teria de investir mais de R$ 1,4 bilhão a curto prazo. "Isto me leva a pensar em uma tarifa de esgoto elevada em pelo menos 28%", avalia, alertando: "Os consumidores devem ser consultados para ver se estão dispostos a esse aumento na tarifa". Nicomedes frisa que a legislação exige a realização de consulta pública nesses casos.
Atuação de empresa é tema do Face a Face
A necessidade de mais investimentos para universalizar serviços como o fornecimento de água e a coleta e tratamento de esgoto não é o único desafio enfrentado pela Saneamento de Goiás S.A. (Saneago). Recentemente a empresa enfrentou questionamentos dos consumidores e da Agência Goiana de Regulação Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), quanto à qualidade da água que está fornecendo em Goiânia.
Sobre essas e outras questões o presidente da Saneago, Nicomedes Borges, será o entrevistado dessa semana no Face a Face do POPULAR. Os leitores poderão enviar as perguntas até quinta-feira, às 15 horas, no endereço www.popface.com.br. A entrevista será publicada pelo jornal na edição de sábado.
Estavam fora dos limites toleráveis os índices de cor, turbidez e ferro total encontrados em 8, de 24 amostras coletadas e analisados pela AGR em pontos atendidos pela Estação de Tratamento do Ribeirão João Leite, responsável pelo abastecimento de 49% da população de Goiânia. No Face a Face, Nicomedes poderá explicar o que houve com o tratamento da água.
A manifestação dos prefeitos de cinco cidades (veja reportagem nesta página) cobrando a universalização de esgoto, mostra as dificuldades da Saneago para promover investimentos em saneamento básico e atender as metas de universalização. Mas, se o movimento dos prefeitos por parcerias público-privadas (PPPs) implicar uma concorrência com a Saneago, a empresa, que é uma estatal de economia mista, está pronta para sobreviver? É uma das perguntas que podem ser feitas pelos leitores que participarem.
A Saneago presta serviços de abastecimento de água e outros em 223 municípios e mais 43 localidades de Goiás, totalizando 266 comunidades. Destes, em 37 municípios a empresa fatura serviços de coleta e transporte de esgoto sanitário.
Fonte: Jornal O Popular
