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Sul do Estado atrai R$ 1,6 bilhão em investimentos hidrelétricos

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21/06/2010
Ricardo César


Cinco usinas hidrelétricas de médio porte em processos de conclusão de obras ou de início de operação, cujos investimentos chegam a R$ 1,6 bilhão na economia da Região Sul de Goiás, vão proporcionar aumento de 0,05% na capacidade de produção energética do Estado. Com a capacidade média de geração de energia de 55 megawatts (MW) cada, as usinas estão em fase de testes e devem entrar em funcionamento total dentro de dois meses.


A produção máxima de energia elétrica, se somadas todas as cinco, será de 268,4 megawatts - o suficiente para abastecer o município de Anápolis. Boa parte usará a energia para consumo próprio das empresas responsáveis pelo investimento. As cidades de Caçu e Itarumã abrangem todos os projetos, por serem banhadas pelos Rios Verde e Claro - de onde será gerada a energia limpa e renovável.


Empregos
A estimativa é de que 12 mil empregos tenham sido gerados na fase de construção das cinco usinas e que, hoje, na fase de implantação, criem cerca de mil postos de trabalho fixos. "As usinas trazem benefícios não só para o setor energético do Estado e do País, mas para as cidades onde estão instaladas", avalia o engenheiro elétrico Carlos Sousa Pinho.



Apenas o grupo Gerdau, responsável pelos complexos hidrelétricos de Caçu e Barra dos Coqueiros, ambos às margens do Rio Claro, estima geração de 6 mil empregos durante sua construção. O investimento do grupo chega a R$ 600 milhões. Juntas, as usinas terão a capacidade de produzir 155 megawatts, sendo 65 MW na usina de Caçu e 90 MW na hidrelétrica Barra dos Coqueiros.


O gestor dos empreendimentos hidrelétricos em Goiás, Abílio dos Santos, afirma que a energia produzida será utilizada para consumo próprio. "A Gerdau pretende utilizar a energia em suas unidades no Brasil", afirma.


"Investimentos como este contribuem para o desenvolvimento dos municípios, gerando mais empregos e renda. Além disso, o Estado também arrecada mais, elevando o seu Produto Interno Bruto (PIB). Por estes pontos, as indústrias são positivas", explica o professor de Economia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Eber Vaz, que é referência nos estudos sobre a economia goiana.


A Usina Hidrelétrica de Salto do Rio Verdinho, localizada entre os municípios de Caçu e Itarumã, a 20 quilômetros do Distrito de Itaguaçu, pertencente a São Simão, é outro exemplo. A usina deve gerar 600 empregos diretos, com investimento de R$ 324 milhões. A construção foi iniciada em agosto de 2007, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Com previsão de entrada de operação até o fim do primeiro semestre, a hidrelétrica vai gerar 93 megawatts.


"Com a chegada desses empreendimentos hidrelétricos a região começa a atrair outros empreendimentos industriais e alavancar as ofertas de bens e serviços. Isso provoca elevação da renda e começa a ser um chamariz para novos negócios que alargam o contorno econômico da região", ressalta Eber Vaz.


A Usina Hidrelétrica de Salto, localizada no Rio Verde, entre Caçu e Itarumã, começou a produzir energia no mês passado e, com metade de sua capacidade de 116 megawatts. Apenas a primeira turbina, capaz de gerar 58 megawatts, foi posta em atividade para execução de testes, ajuste de equipamentos e verificação do comportamento sistêmico da operação.


A usina, da Rio Verde Energia S.A., sociedade controlada pela Triunfo Participações e Investimentos S.A., que demandou investimentos da ordem de R$ 462 milhões, terá capacidade total de 116 megawatts, gerando energia a partir de fonte limpa e renovável. A segunda turbina deve entrar em operação em até 60 dias, conforme a empresa.


Já na Usina Hidrelétrica de Foz do Rio Claro, do grupo Alusa Engenharia, foram investidos R$ 281 milhões e criados 700 empregos diretos e indiretos durante sua fase de instalação. Com a capacidade de 68,4 megawatts, a usina também deve começar a funcionar até o fim de julho, segundo informações da assessoria da empresa.


Já a Usina Hidrelétrica de Corumbá 3 conta hoje com suas duas unidades em plena atividade e integradas ao sistema brasileiro de geração. A sua segunda unidade obteve o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para operar comercialmente no fim de janeiro. A partir de então, a usina gera mais de 67 MW de energia por mês. A usina teve investimento de aproximadamente R$ 300 milhões.


Embora a energia gerada pelas cinco usinas hidrelétricas seja para consumo próprio, elas devem esperar algum tempo para conseguir autorização para se conectarem à rede de distribuição e transmissão da Companhia Energética de Goiás (Celg).
Na série publicada pelo POPULAR sobre a infraestrutura de Goiás, um dos pontos abordados foi justamente o das boas condições do Estado na geração energia, que se debela com a falta de estrutura.


Receita dos municípios cresceu 84%


Como resultado dos investimentos destas cinco usinas hidrelétricas, a arrecadação total nos municípios de Caçu, Cachoeira Alta, São Simão e Itarumã, todos no Sul do Estado, cresceu, em média, 84% entre os anos de 2006 e 2008, segundo o Tribunal de Contas do Estado de Goiás.


Em Caçu, por exemplo, o total das receitas saltou de R$ 9,5 milhões, em 2006, para R$ 32,6 milhões, em 2008. O prefeito da cidade, André Luiz Vieira (PMDB), diz que este boom ocorreu durante a fase de construção. A expectativa é que, com o início das atividades, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços aumente 80%.


Em contrapartida, os gastos com educação, saúde e transporte crescem na mesma medida. "Essas pessoas que vêm trabalhar nas usinas aumentam consideravelmente a demanda por serviços públicos. O dinheiro arrecadado pelo município é destinado para atender esta demanda", diz o peemedebista.
Em Itarumã, a realidade é a mesma. O prefeito Wilmar Bento (PSDB) diz que o aumento da arrecadação, estimado em 20%, será destinado a investimentos em infraestrutura.


A chegada de usinas despertou outro nicho de mercado: o turismo. Serão formados cinco lagos, com boas perspectivas para a prática de esportes náuticos, instalação de clubes de pesca e outras atividades. "Com a formação dos lagos, surgirão oportunidades para hotéis, restaurantes e comércio em geral", diz o economista Eber Vaz. "A região vai se estruturando com o investimento da classe empresarial.


Fonte: Jornal O Popular

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