O reajuste de 3,1% na tarifa de água e esgoto foi o principal vilão para a alta da inflação em Goiânia em maio. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 0,38% contra 0,10% registrado em de abril, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em contrapartida, os alimentos, como o tomate e o açúcar, tiveram a primeira deflação do ano.
O aumento da inflação em Goiânia não seguiu a tendência do índice geral do País, onde houve recuo de 0,14 pontos percentuais na comparação com abril. A gerente de pesquisa do IBGE, Irene Maria Machado, diz que os itens ligados à habitação foram o principal causador dessa alta. "O índice da habitação em Goiânia registrou 1,71% contra 0,78% do País, principalmente, por conta do aumento no preço da tarifa de água e esgoto, seguido de gastos com empregada doméstica e condomínio", explica.
Apenas no item tarifa de água e esgoto, o IBGE verificou aumento real de 9,83%, enquanto a média nacional foi de 0,84%. Aluguel e taxas na capital também pesaram. A alta foi de 2,39% contra 0,76% no País. "É possível afirmar que o setor de habitação pesou na inflação registrada em Goiânia, junto com vestuário, que também registrou aumentos consideráveis."
Com a chegada do frio em maio e mais pessoas comprando roupas, principalmente agasalhos, o setor de vestuário teve a alta de 1,07%. Nas 11 cidades pesquisadas, esse índice, ficou em 0,91% . A calça comprida masculina teve a maior alta neste quesito. Foi reajustadaa em 2,06%, diante da média nacional de 0,99%.
O gerente de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Planejamento de Goiás (Seplan), Marcelo Eurico Souza, afirma que os setores de Habitação e Vestuário haviam sido apontados em pesquisa da secretaria como um dos principais causadores da alta da inflação. Os aumentos apontados pelo IBGE são os mesmos sinalizados pela Seplam. "Havíamos detectado essa alta nesses setores também", acrescenta.
Apesar da alta, no acumulado do ano Goiânia tem a menor inflação do País. Até o mês de maio, a capital apresenta um índice de 1,53% contra os 2,01% da segunda menor, Brasília. A média nacional, por sua vez, está na casa de 3,09%.
Alimentos deixam de ser os vilões
Acostumados a serem os vilões da inflação aferida pelo IBGE, os preços dos alimentos surpreenderam e tiveram a primeira queda desde o início do ano. A falta de chuvas com o início do inverno e o começo da safra das lavouras de cana-de-açúcar foram decisivos para que o tomate e o açúcar cristal tivessem reduções recordes de 29,33% e 12,05%, respectivamente.
O leite e o óleo de soja também tiveram quedas significativas, com -2,48% e -1,47%. Irene Maria Machado, do IBGE, explica que alguns alimentos presentes nas mesas dos goianienses, como feijão carioca, batata, cebola e o pão francês, entre outros, sofreram pequenos reajustes.
Porém, bem menores se comparados aos registrados às altas desde o início do ano. "Essas pequenas altas também contribuiram para a deflação", diz.
Fonte: O Popular
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