O resultado das análises realizadas na água coletada em bairros da região metropolitana de Goiânia no mês de maio, divulgado ontem por técnicos da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR), apontou alterações em um terço das amostras recolhidas. Os problemas detectados têm relação com elevados índices de cor, turbidez e ferro encontrados em 8, das 24 amostras estudadas pelo laboratório contratado pela AGR com essa finalidade. Todas elas foram coletadas de pontos atendidos pela Estação de Tratamento do Ribeirão João Leite, responsável pelo abastecimento de 49% da população de Goiânia. Em um dos casos, o excesso de ferro na porção analisada era quase quatro vezes maior que o máximo permitido por lei.
Das 24 amostras coletadas, metade foi retirada de pontos atendidos pelo Rio Meia Ponte e a outra metade pelo Ribeirão João Leite. Considerando que todas as alterações foram detectados em pontos de abastecimento atendidos pelo João Leite, a porcentagem de amostras fora do padrão legal ultrapassa os 66% do total coletado para avaliação.
Em razão dos resultados encontrados, a AGR protocolou ontem um Termo de Notificação de Não-Conformidade fixando prazo de 15 dias para a empresa sanar o problema. O prazo, segundo explicou o assessor-técnico da Diretoria de Saneamento do órgão regulador, Eduardo Henrique da Cunha, é metade do tempo regulamentar, tendo em vista que a agência já havia coletado água fora dos padrões legais em Goiânia no início deste ano e buscado informações com à empresa.
Farmacêutico-bioquímica da Gerência de Saneamento da AGR, Mirella de Melo e Silva esclarece que os distúrbios gastrointestinais são a consequência possível mais comum em caso de consumo de ferro total acima dos limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Ressalta, porém, que a população não deve se alarmar, já que a água continua própria para o consumo. No caso da cor e da turbidez, as alterações não interferem na potabilidade da mesma, devendo haver cuidado com danos a objetos e roupas, por exemplo.
Saneago atribui índices à obra de barragem
De acordo com a Diretoria de Produção da Saneago, a elevação nos índices de cor, turbidez e ferro nas amostras analisadas está relacionada às alterações das características da água bruta ocorridas a partir da formação do lago da Barragem do João Leite. O problema foi sentido por Idê Ramos, de 42 anos, que reclama da coloração da água.
As alterações, frisa a Saneago, produzem efeito estético desagradável mas não, dano à saúde. "Seria necessário, por exemplo, em função da amostra que apresentou teor de ferro de 1,12mg/l de água, que uma pessoa ingerisse 40 litros por dia para que sentisse um possível desconforto intestinal", ressalta a gerente de Produção da empresa, engenheira Lúcia Helena Santos. Conforme salienta, o problema é pontual e passageiro e não houve notificação de ocorrências de desconforto para a saúde pública em função da quantidade de ferro na água.
Para sanar tais ocorrências, segundo a engenheira, a Saneago tem promovido obras de melhorias na estação de tratamento de água; alteração no uso de produtos químicos; intensificação de descargas em redes e de monitoramento da qualidade da água; limpeza de reservatórios; melhorias na captação de água bruta e aperfeiçoamento do tratamento, entre outras ações.
Fonte: O Popular
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