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Governos vão apontar questões pendentes

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19/05/2010

Núbia Lôbo

Entre os resultados positivos da reunião realizada ontem na Presidência da República para agilizar a operação Celg/Eletrobras, o presidente do Conselho Fiscal da estatal goiana Einstein Paniago destaca o compromisso dos gestores de dar um retorno para o governador Alcides Rodrigues (PP) sobre as ações que ficaram pendentes. O acordo para salvar a Celg de sua crise financeira deve ser submetido ainda ao Conselho de Administração da Eletrobras, que se reúne no final de cada mês.

“Para a proposta ser colocada em pauta no Conselho da Eletrobras, depende da Medida Provisória (MP) que precisa ser editada pelo governo federal. Esse é o dever de casa deles”, afirma Paniago.

O presidente do Conselho Fiscal diz que a reunião não tratou de datas para as ações necessárias, como a MP e o aval da Eletrobras.

Sobre o projeto de lei que pede nova autorização legislativa para empréstimo como BNDES – motivo de crítica pela oposição, segundo a qual o governo “cochila” nesta negociação da Celg –, Einstein afirma que não é possível avançar em todas as ações necessárias ao mesmo tempo.

“O Estado cumpre rigorosamente seus prazos. Neste momento, faltam a autorização legislativa e a documentação para realizar o empréstimo junto ao BNDES. A revisão final de todo o processo já está ocorrendo”, informa.

A operação Celg/Eletrobras prevê uma movimentação de quase R$ 6 bilhões, que corresponde à dívida da estatal goiana. Na negociação, 41,08% das ações da companhia serão vendidas para a Eletrobras.

Além disso, a estatal federal fará um aporte de R$ 4,3 bilhões na Celg para sanear a empresa com recursos da RGR. O empréstimo junto ao BNDES renderá mais R$ 1,35 bilhão para a Celg e o governo estadual dará contrapartida de cerca de R$ 400 milhões.

Uma das polêmicas em torno do acordo recaiu sobre os termos da gestão compartilhada da empresa goiana. O Estado continua sócio majoritário, porém terá a prerrogativa de indicar apenas o presidente. A Eletrobrás indicará o vice-presidente e toda a diretoria.

“Quem vai mandar na Celg é a Eletrobras”, afirmou o presidente da Eletrobras José Muniz Lopes a deputados estaduais goianos, em meados de março. 

Fonte: O Popular

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