No último domingo, comemoramos o Dia das Mães, data na qual homenageamos esse ser tão especial e de fundamental importância em nossas vidas. Afinal sem elas não existiríamos. Um provérbio judaico frisa muito bem o que é ser mãe: “ Deus por não poder estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, criou as mães.” Quando queremos fazer referência a algo, ou alguma coisa que nos beneficia, logo dizemos: “ Tal coisa é uma mãe pra mim... eles foram uma mãe pra ele.”
Com esse bordão, quero lembrar de uma “Mãe”, que fora esquecida nesse último dia 9 de maio. Falo da “ Mãe Celg”, isso mesmo...! A antiga Centrais Elétricas de Goiás, hoje Celgpar, que durante muito tempo foi uma “mãe” para muitos políticos do nosso Estado. Lembramos quantos ela carregou no colo e, sempre que precisava de favores e dinheiro, estava lá pronta para servir seus filhos. Quanta benevolência dessa mãe... quanta ingratidão de centenas de filhos que sugaram dos seus seios o colostro e o leite que os sustentaram em suas carreiras e campanhas políticas, e hoje têm a coragem de renegá-la, e de omitir que os atos praticados por esses maus filhos a levaram à banca rota. Hoje muitos desses filhos ingratos se digladiam entre si, trocando farpas e acusação à procura de um culpado. Mas uma coisa é certa e incontestável e precisa ser esclarecida à opinião pública: foram ações de sucessivos governos que exploraram essa “mãe”.
Faço coro ao respeitado jornalista Antônio Lessa, pelo qual nutro muito respeito e admiração, que em um trecho de um de seus artigos assim escreveu: “Os sucessivos escândalos da Celg refletem a irresponsabilidade política, administrativa e financeira de vários governos. Nunca nos omitimos sobre os desmandos naquela estatal goiana. Pelo contrário, sempre denunciamos os efeitos maléficos de seus depredadores. A grande maioria dos formadores de opinião sabe, mas se calam quanto à postura nefasta daqueles que, cometendo os maiores absurdos contra os interesses de Goiás, transformaram aquela empresa num balcão de negócios escusos. Pode-se dizer que malandros de toda espécie meteram a mão na bruaca da Celg sem dó nem piedade, numa afronta ao princípio da ética e da honestidade, bem como num assalto a todos os usuários de seus serviços, arrombando as nossas próprias casas aonde chegam a energia e a conta da Celg.
Lá na Celg todo mundo sabia.
A maracutaia corria solta!
E aí, deu no que deu.
Todos sabiam mesmo, mas não era negócio defender a mãe, mas sim usar da mesma prática que os outros usavam. Muitos até se aperfeiçoaram na maneira de explorar da mamãe. E assim por mais que uma mãe tolere as imprudências e as malcriadezas de um filho, uma hora ela perde suas forças e se esgota.
É merecedor que rendamos a essa “Mãe” uma justa homenagem, e em uma corrente de energias positivas, para que a mesma se restabeleça ganhe forças novamente e não tenha mais em seus seios esses pseudos filhos que a sugaram durante sua existência, desviando-a da sua verdadeira finalidade que é a de servir a todo povo de Goiás.
Gilson Romanelli é consultor de Políticas Públicas (grconsultoria@globo.com)
Fonte: Jornal Diário da Manhã
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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