Vinícius Jorge Sassino
A decisão do Ministério Público estadual de acionar a Companhia Energética de Goiás (Celg) na Justiça é semelhante ao que vem ocorrendo na esfera privada. Parada há um ano e dois meses, por causa da oscilação no fornecimento de energia, a Indústria Brasileira de Gases (IBG) cobra na Justiça um melhor serviço prestado pela Celg. A IBG está instalada em Aparecida de Goiânia e, há 14 meses, deixou de fabricar oxigênio e nitrogênio usados por indústrias e hospitais.
“Enquanto a indústria não tiver energia de qualidade, não vai funcionar”, afirma o gerente da IBG em Goiás, Daniel Paulo da Costa. A ação foi movida no ano passado e ainda não houve uma decisão. Para a Celg, não há oscilações no fornecimento de energia em Aparecida de Goiânia. A estatal diz, com base em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que os indicadores de apagões na cidade estão dentro das médias toleradas.
Vinícius Jorge Sassino
O primeiro pedido do Grupo Rodrigo Pedroso Energia chegou à Companhia Energética de Goiás (Celg), em forma de ofício, em 27 de março de 2007. A empresa queria autorização da estatal para conexão da pequena central hidrelétrica (PCH) Alvorada à rede de energia. Sem resposta, um novo ofício foi enviado à Celg, em 9 de outubro de 2008. Agora, o grupo solicitava conexão para mais duas PCHs. As três usinas gerariam menos de 25 megawatts, numa região com intensa exploração mineral e carente de energia. “Eles nunca responderam nosso pedido”, diz Rodrigo Pedroso, proprietário do grupo.
As PCHs, se instaladas, forneceriam energia para o Entorno do Distrito Federal e para o nordeste goiano. Sem conexão à rede, os projetos estão parados. “A linha de transmissão está sobrecarregada, mas, por lei, a Celg é obrigada a conectar as PCHs”, afirma Rodrigo. Segundo ele, muitos investimentos em geração de energia não se concretizam por causa dessas dificuldades de conexão. O grupo de Rodrigo Pedroso tem 44 projetos de PCHs espalhados pelo País. Nenhum Estado tem tantas dificuldades de infraestrutura quanto Goiás, segundo o empresário.
Com projetos de PCHs em São João D’Aliança, Colinas do Sul, Niquelândia e Cavalcante, a Rialma Centrais Elétricas também enfrenta problemas de conexão à rede. “A energia na região é péssima, com uma rede de transmissão fraca. É preciso construir uma nova linha para que as PCHs consigam entrar”, ressalta o diretor jurídico da empresa, Breno Caiado. O grupo é proprietário da PCH Santa Edwiges, etapas 1, 2 e 3. “As três PCHs atendem praticamente toda a região nordeste de Goiás.”
A Rialma Centrais Elétricas reclama da demora para a concessão de licença ambiental, pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. “Às vezes, há uma usina ao lado da outra, no mesmo rio, o que gera um impacto maior ao meio ambiente”, afirma o secretário estadual de Meio Ambiente, Roberto Freire.
Há batalhas travadas, também, no Judiciário. A PCH Santa Mônica, projeto da Rialma Centrais Elétricas, está planejada em pleno território calunga, em Cavalcante. Ministério Público estadual e federal entraram com uma ação civil pública conjunta em junho do ano passado para impedir o licenciamento da PCH.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária constatou que a presença da usina em território calunga prejudicaria a demarcação das terras, um anseio antigo dos quilombolas. Mesmo assim, e apesar de irregularidades detectadas no processo de concessão de licença ambiental, a Justiça Federal concedeu uma liminar que permite o licenciamento da PCH.
O projeto da PCH Santa Mônica é de 1999. Depois de um tempo parado, tramita há quatro anos na Semarh.
Fonte: Jornal O Popular
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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