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Ampliação da rede é insuficiente

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03/05/2010
Vinícius Jorge Sassine

Os investimentos feitos pela Companhia Energética de Goiás (Celg) – concessionária responsável pela distribuição de energia em Goiás – e os leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para ampliar a rede básica no Estado não acompanham tanto potencial de geração de energia. Em crise financeira, com uma dívida de R$ 6 bilhões, a Celg diminuiu os investimentos em linhas de transmissão, subestações e redes nos últimos cinco anos, como mostra o último balanço contábil da estatal. Em 2005, foram investidos R$ 249 milhões na manutenção e ampliação da rede. No ano passado, R$ 218,1 milhões, uma redução de 12,4%.

Crédito
A companhia, sem crédito no mercado e sem dinheiro em caixa para investimentos decisivos, adiou a conclusão de praticamente todas as novas subestações e linhas de transmissão planejadas. Desde 2006, pioram os indicadores de fornecimento de energia em Goiás. Os apagões são mais recorrentes e mais duradouros no Estado.

Ao responder por escrito os questionamentos do POPULAR (uma exigência feita pela assessoria de imprensa da Celg), técnicos e diretores admitiram que a estatal não fornece conexões à rede a todas as PCHs, hidrelétricas e termelétricas que devem ser instaladas em Goiás. Mais de 30 projetos não conseguem a conexão para a transmissão de energia. O POPULAR apurou que alguns empreendedores esperam há mais de três anos por uma resposta da Celg à solicitação de conexão à rede, um serviço que é pago por quem detém uma PCH ou uma usina hidrelétrica.

“De 95 solicitações de conexão de geração hidráulica analisadas, 61 tiveram sua conexão liberada”, sustenta a Celg. Segundo os diretores e técnicos que responderam às perguntas do POPULAR, a liberação de conexões para PCHs na região nordeste e na bacia do Rio Caiapó “esgotou a capacidade de transporte do sistema elétrico local”.

Para o Rio Caiapó, cinco PCHs obtiveram parecer favorável à conexão. “As soluções para conexão de novos aproveitamentos implicarão em custos elevados, que não podem ser legalmente assumidos pela Celg.” No nordeste goiano, sete PCHs podem se conectar à rede da Celg. “A conexão de novas gerações é inviável, sem penalizar o consumidor com aumento de tarifas”, sustenta a concessionária goiana. A estatal informa que a situação já foi comunicada à EPE, ligada ao Ministério de Minas e Energia, para que seja feito um estudo detalhado sobre a viabilidade dos novos projetos de geração de energia.

Redução
Sem infraestrutura necessária para transmitir e distribuir energia, Goiás já enfrenta uma leve redução na participação nacional em geração de megawatts. Em 2002, o Estado contribuía com 9,6% da capacidade instalada. Mais energia foi gerada em 2009, mas num ritmo inferior à média nacional. Goiás passou a contribuir no ano passado com 8,4% da capacidade instalada.

Projetos mal elaborados ficam parados

Vinicius Jorge Sassine

Licenças vencidas, estudos de impacto ambiental inconclusos e constatações de sérios prejuízos ao meio ambiente – o que leva à negativa das licenças – colocam muitos projetos de usinas hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) na berlinda. O POPULAR analisou o resumo de todos os processos de novas usinas e PCHs que tramitam na Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e constatou que muitos estão parados por razões que vão além da incapacidade de o Estado investir em infraestrutura.

É o caso da hidrelétrica Itaguaçu, entre os municípios de Caçu e São Simão, no sul do Estado. Com uma capacidade de geração de energia de 130 megawatts, o projeto da usina começou a tramitar na Semarh em 2001. Cinco anos depois, o órgão decidiu não liberar a outorga nas águas do Rio Claro. “O processo foi indeferido devido à inviabilidade do empreendimento”, consta no processo. No caso da hidrelétrica Mirador, no nordeste goiano, o grupo responsável pelo projeto ainda não concluiu o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima), segundo a Semarh.

Os projetos mais polêmicos estão previstos para a bacia do Rio Araguaia. Antes de deixar o cargo de ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc declarou que as usinas hidrelétricas previstas para o Araguaia não teriam licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), pelo menos até o final do mandato do presidente Lula.

“A linha de transmissão está sobrecarregada, mas, por lei, a Celg é obrigada a conectar as PCHs. Eles nunca responderam nosso pedido.”

Rodrigo Ferreira Pedroso,proprietário de um grupo de energia que, desde 2007, pede autorização da Celg para conexão da pequena central hidrelétrica (PCH) Alvorada à rede de energia.


Fonte: Jornal O Popular

 

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