Os investimentos feitos pela Companhia Energética de Goiás (Celg) – concessionária responsável pela distribuição de energia em Goiás – e os leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para ampliar a rede básica no Estado não acompanham tanto potencial de geração de energia. Em crise financeira, com uma dívida de R$ 6 bilhões, a Celg diminuiu os investimentos em linhas de transmissão, subestações e redes nos últimos cinco anos, como mostra o último balanço contábil da estatal. Em 2005, foram investidos R$ 249 milhões na manutenção e ampliação da rede. No ano passado, R$ 218,1 milhões, uma redução de 12,4%.
Crédito
A companhia, sem crédito no mercado e sem dinheiro em caixa para investimentos decisivos, adiou a conclusão de praticamente todas as novas subestações e linhas de transmissão planejadas. Desde 2006, pioram os indicadores de fornecimento de energia em Goiás. Os apagões são mais recorrentes e mais duradouros no Estado.
Ao responder por escrito os questionamentos do POPULAR (uma exigência feita pela assessoria de imprensa da Celg), técnicos e diretores admitiram que a estatal não fornece conexões à rede a todas as PCHs, hidrelétricas e termelétricas que devem ser instaladas em Goiás. Mais de 30 projetos não conseguem a conexão para a transmissão de energia. O POPULAR apurou que alguns empreendedores esperam há mais de três anos por uma resposta da Celg à solicitação de conexão à rede, um serviço que é pago por quem detém uma PCH ou uma usina hidrelétrica.
“De 95 solicitações de conexão de geração hidráulica analisadas, 61 tiveram sua conexão liberada”, sustenta a Celg. Segundo os diretores e técnicos que responderam às perguntas do POPULAR, a liberação de conexões para PCHs na região nordeste e na bacia do Rio Caiapó “esgotou a capacidade de transporte do sistema elétrico local”.
Para o Rio Caiapó, cinco PCHs obtiveram parecer favorável à conexão. “As soluções para conexão de novos aproveitamentos implicarão em custos elevados, que não podem ser legalmente assumidos pela Celg.” No nordeste goiano, sete PCHs podem se conectar à rede da Celg. “A conexão de novas gerações é inviável, sem penalizar o consumidor com aumento de tarifas”, sustenta a concessionária goiana. A estatal informa que a situação já foi comunicada à EPE, ligada ao Ministério de Minas e Energia, para que seja feito um estudo detalhado sobre a viabilidade dos novos projetos de geração de energia.
Redução
Sem infraestrutura necessária para transmitir e distribuir energia, Goiás já enfrenta uma leve redução na participação nacional em geração de megawatts. Em 2002, o Estado contribuía com 9,6% da capacidade instalada. Mais energia foi gerada em 2009, mas num ritmo inferior à média nacional. Goiás passou a contribuir no ano passado com 8,4% da capacidade instalada.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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