DEBORAH ZABARENKO
da Reuters, em Washington
Mais de 10 milhões de peças de lixo foram colhidas das correntes marítimas do mundo em um único dia ano passado, divulgou nesta terça-feira (13) o grupo Conservação Oceânica.
Para Philippe Cousteau, chinelos de praia que apareceram no Ártico da Noruega simbolizam a natureza global do problema do lixo marinho.
"Nós vimos as sandálias chegando à costa destas ilhas, no extremo norte da Noruega, próximo ao Círculo Ártico, disse Costeau, conservacionista e neto do famoso oceanógrafo Jacques Cousteau.
"As pessoas não usam chinelos de praia no Ártico, pelo menos se elas são sãs", disse ele. "Acho que o mundo está começando a perceber que este é um problema global".
O relatório detalhou a quantidade e tipo de lixo que voluntários juntaram em um único dia de 2009, ao longo das costas de seis continentes e em correntes dentro dos continentes. Também informa que cerca de 80% do lixo marinho é gerado nos continentes.
Meio milhão de voluntários
"O lixo viaja, e nenhuma praia, ou margens de lagos ou rios, ficam intocados --não importa o quão remotos", escreveu na introdução do documento Vikki Spruill, executiva-chefe da Conservação Oceânica.
No ano passado, 10.239.538 fragmentos de lixo foram recolhidos das costas e margens em um dia, 19 de setembro de 2009. Cerca de meio milhão de voluntários contribuíram para essa limpeza anual.
O dia da limpeza previsto para 2010 é 25 de setembro.
Mais de 40% do total foi coletado nos Estados Unidos, incluindo coisas como tampas de garrafas, embalagens de latas de cerveja, pontas de cigarro, máquinas de lavar, materiais de construção, fraldas, preservativos e lixo médico.
Os Estados Unidos tinham a maioria dos voluntários, quase o triplo do número nas Filipinas, país que compôs o segundo maior total deles.
Perigo
Cerca de 20% dos itens coletados representa ameaça à saúde pública, incluindo lixo médico contaminado por bactérias, ferramentas em geral, carros e tambores químicos, informa o relatório.
Alguns dos itens também são ameaça para animais marinhos, que podem ficar presos em redes e linha de pesca jogadas fora ou ingerir lixo plástico flutuante.
Enquanto os plásticos vão se acumulando nos oceanos, se parecem muito com organismos do plâncton, que formam a base da cadeia alimentar, diz Cousteau.
"Peixes e outros animais estão ingerindo esse material e assim também as toxinas que estes plásticos absorvem", explica. "E então adivinha que come o peixe?"
Costeau diz que esses plásticos contêm altos níveis de dioxinas, PCBs e outros compostos químicos que podem afetar os hormônios, e também impedir a ingestão de nutrientes, já que as criaturas marinhas acabam morrendo com os estômagos cheios de plásticos.
Saiba mais no relatório completo, em pdf.
Fonte: Folha Online
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