A nova ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que o Ministério do Meio Ambiente terá uma preocupação especial com o tema água na agenda ambiental tanto do governo quanto internacional. Ela também assegurou que o MMA vai avançar nas negociações internacionais para que a próxima convenção do Clima (COP-16), em Cancún, México, saia o novo acordo global do clima e que a questão dos recursos hídricos esteja na pauta de discussões também.
"Vamos trabalhar duramente para que Cancún não siga o mesmo caminho de negociações da reunião de Copenhague", afirmou Izabella. Segundo ela, o Brasil precisa fazer a diferença na Convenção da Biodiversidade, que será realizada no final do ano em Nagoya, Japão. "O Brasil é importante para a biodiversidade mundial", disse.
Ao lado do ex-ministro Carlos Minc e do diretor presidente da ANA, Vicente Andreu, Izabella assegurou que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai dar continuidade à herança de Minc e Marina Silva, seus antecessores na pasta. "Vamos trabalhar o triplo e encerrar a temporada em alto estilo", afirmou a ministra ao se referir aos nove meses em que ficará no cargo até encerrar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Acredito que clima e água precisam estar juntos e as discussões e por isso chamei José Machado para avançarmos no avanço da política ambiental com recursos hídricos”, disse Izabella citando a indicação do ex-diretor presidente da ANA, José Machado, que assumirá em breve o cargo de Secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente – pasta antes ocupada por ela. Machado prestigiou o evento, assim como o ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, e o Secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério.
A nova ministra destacou o fato de que o Brasil tem avançado muito na questão ambiental, como resultado das parcerias com a iniciativa privada e das iniciativas e do diálogo de seus antecessores e que serão continuadas ao longo de seu mandato. Ela falou que o MMA está aberto para o debate e afirmou que o ministério apóia ações que vão além de simplesmente se adequar às leis. "Temos de incentivar quem faz mais pela sustentabilidade", disse.
“O dever do Ministério do Meio Ambiente liderar parcerias entre os diversos setores como estratégia de desenvolvimento. Liderar para mim não é querer dominar os processos e sim de buscar o diálogo com as diversas bases. Sem negociar, sem entender o que o outro está entendendo não vamos avançar”, afirmou ela, lembrando que o desenvolvimento é resultado de uma prática ambiental sustentável.
Durante o discurso de transmissão do cargo, Minc disse que a escolha de Izabella estava definida há seis meses e ele ressaltou como uma das qualidades da nova ministra. “Ela tem muito conhecimento técnico e uma capacidade de trabalho brutal”, afirmou. Segundo ele, a nova ministra deve continuar com as ações de combate ao crime ambiental e ampliar parcerias públicas, privadas e com a sociedade, estimulando o consumo sustentável.
Funcionária de carreira do Ibama, Izabella defendeu a criação de um plano de carreira para os analistas ambientais, que garanta profissionais bem qualificados, treinados, remunerados e que tenham visão política para colocar a questão ambiental nos diversos debates de desenvolvimento do país. "Se eu assumi este cargo hoje mostra que podemos ter novos analistas como ministros."
Fonte: Agência Nacional de Águas