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“Nunca tirei meio centavo da empresa e estou procurando solucionar rombo"

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18/03/2010
O governador Alcides Rodrigues (PP) abandonou ontem o estilo tranquilo e conciso em entrevistas para falar em tom de desabafo sobre o atraso na votação do projeto da Celg na Assembleia. Questionado sobre a derrota no Legislativo, durante evento do Ceasa, ele apontou “politicalha” e disse que não há dedo dele no rombo de R$ 6 bilhões (incluindo o passivo) da companhia. Logo depois, ele convocou entrevista coletiva para falar mais do assunto, após reunião com entidades no Palácio das Esmeraldas. Leia principais trechos.
Fabiana Pulcineli
Como vê a manobra do PSDB na Assembleia com apoio de parlamentares peemedebistas que se mostram contrariados com a afirmação de que o senhor vai lançar um nome da nova frente?
Eu sempre disse e repito, e não é segredo para ninguém, sempre trabalhei para a frente lançar um nome. Isso é uma realidade que todos puderam ver durante esse longo tempo. Agora, sempre tive uma relação respeitosa, sempre respeitei a independência da Assembleia. Sempre tive uma relação harmônica com o Poder e também com seus integrantes, independente de cor partidária. Convidei integrantes da sociedade civil organizada para que todos tenham ciência das medidas que adotaremos caso essa votação da Assembleia persista. Os senhores parlamentares, imagino eu, estão subavaliando os problemas imprevisíveis, irreversíveis que isso causará. Não para o governador, mas para o Estado, para a sociedade. Porque quem vai pagar a conta é a sociedade. Imagina se o governo federal decretar uma intervenção? Ficará a conta de 6 bilhões de reais para os próximos governadores, para a sociedade pagar. Estamos trabalhando durante três anos incansavelmente. Gastamos muita energia para ter um resultado positivo. Agora que ele está sendo visível, está aparecendo no horizonte, para acabar de vez essa preocupação de todos os goianos, a Assembleia faz uma votação que, não só o governador, mas acredito que a sociedade, não está entendendo. Estão colocando politicalha em assunto muito sério de Estado. O governador do Estado, olhando para as câmeras, aqui de frente, diz para todos: nunca tirei meio centavo da Celg. Esta conta de 6 bilhões de reais eu não tenho culpa, porque não fui eu que fiz esse rombo na empresa. Estou procurando solucionar, como solucionei os problemas do déficit mensal de 100 milhões de reais, que é público e notório. Estou trabalhando para que Goiás continue crescendo, se desenvolvendo. Eu não vou ficar sem mostrar à sociedade o resultado que poderá acarretar esta dificuldade que está sendo colocada por alguns parlamentares. Vou dizer para a sociedade o que está acontecendo. Inclusive usando subterfúgio por escrito, de que os poderes de Goiás – Ministério Público, Tribunal de Justiça, Fórum Empresarial – solicitaram estas audiências públicas, o que não é verdade, porque conversei hoje com todos. Não fosse a extrema boa vontade por parte do governo federal com Goiás, a Celg já estaria liquidada, arruinada, causando prejuízo para todos. E, sem dúvida nenhuma, incapacitando o Estado para o seu crescimento econômico e prosperidade.
O que ficou definido na reunião com os segmentos organizados?

Diante da gravidade do assunto, ficou resolvido que as entidades, associações, redigirão manifesto com relação à posição da Assembleia. Para que os senhores parlamentares, independentes que são – e todos nós reconhecemos e respeitamos isso –, se sensibilizassem para o momento de extrema gravidade. É bom registrar que este é o momento, talvez o único momento, para resolver de fato o problema Celg. Se isso não for alcançado, vamos ter consequências catastróficas para Goiás, lamentavelmente, interrompendo um bom momento que o Estado está atravessando, de desenvolvimento econômico. Essa é a preocupação de todos, de presidentes de poderes, de órgãos representativos. Todos estão aqui presentes para que tenhamos um resultado positivo. Se tivermos protelação, os recursos que foram disponibilizados pelo governo federal para resolver a situação poderão ser disponibilizados para outra direção. Aí não haverá mais remédio.

O governo espera então que sejam canceladas essas audiências públicas para votar logo o projeto?
Esperamos que a Assembleia, através dos seus líderes e do próprio presidente, tome uma posição para resolver esse impasse. Essa luta não é do governador, não é só deste governo. É uma luta que tem o Estado como principal interessado e, portanto, a própria sociedade.

Como o senhor avalia a manobra do PSDB, um partido que é ex-aliado?

Não quero fazer nenhuma conjectura com relação à ação deste ou daquele parlamentar, deste ou daquele partido. O que interessa para nós, goianos, neste momento, é resolver a situação. É isso que queremos, é isso que estamos fazendo. Por isso convidei todos os representantes da sociedade civil organizada de Goiás, além dos Poderes constituídos do Estado. E, por unanimidade, foram convencidos de que a situação é muito grave e cabe ao Poder Legislativo equacionar essa situação.
A posição tomada pela Assembleia Legislativa é democrática ou não?

Eu não quero fazer conjecturas com relação ao Poder. Sempre elogiei, de público, o Legislativo. Sempre tive uma ação respeitosa e convivência muito boa com a Assembleia. Esse é um momento de construção de resultados e não de outros objetivos. É isso que nós queremos.

Se, mesmo com esse manifesto, a situação persistir, o que será feito?
Aí teremos uma outra realidade. Porque a Celg tem tempo de ser socorrida. É igual a um paciente que, se não tomar o remédio na hora certa e na dosagem certa, pode vir a falecer. É este o caso da Celg.

Já teve algum contato com o governo federal, com a Eletrobrás para informar sobre esse problema?

Não, mas eles já têm ciência, já sabem do problema.

Vai tomar outras medidas além desta reunião aqui?
O primeiro passo foi a reunião para dar ciência e também solicitar a compreensão e a ajuda de todos, porque esse problema não é só do governo de Goiás, ele é da sociedade como um todo, que sofrerá as consequências. Hoje temos falta de energia em muitas localidades de Goiás, empresas que estão querendo fazer expansão, outras que estão querendo fazer instalação de suas plantas industriais para gerar emprego e às vezes não têm a disponibilização de energia, importante para qualquer empreendimento. Com essa negociação com o governo federal, certamente teremos recursos para serem investidos na ampliação da própria empresa.

Uma conversa com o presidente da Assembleia, deputado Helder Valin, ou convite para que participasse dessa reunião não ajudaria a resolver o problema?
Ontem (terça-feira), numa solenidade no Tribunal de Justiça, solicitamos o apoio do presidente da Assembleia, que tem sido parceiro do governo, para que tivesse a sensibilidade, para que não protelasse essa decisão com relação à negociação. Depois de tantos e tantos meses de negociação, chegamos a um final. E agora, no desfecho, se tivermos qualquer imprevisto seria desastroso.

Ele não foi receptivo?
Nós falamos ontem na solenidade. Muito obrigado.


Fonte: O Popular

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