O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que restam divergências do ponto de vista técnico para fechar as negociações para equilibrar as contas da Celg. Contudo, segundo ele, o acerto está perto de ser fechado. Em entrevista ao programa Bom dia, ministro, da Secretaria de Comunicação Social do governo federal, Lobão foi questionado pela rádio CBN Goiânia sobre as negociações.

O ministro afirmou que o governo federal tem interesse na agilidade do processo e disse que não há negligência por parte da administração do Estado. “Estamos em contato permanente com o governo do Estado. Já fizemos proposta para compra de parte das ações e assunção da maioria de sua diretoria para que a Eletrobrás possa, a exemplo do que fez com sete outras companhias estaduais, assumir a gerência da companhia. Não tem havido negligência por parte do governo de Goiás. O que há são divergências de pontos de vista técnicos que estão sendo acertadas ao longo das negociações. Esperamos que daqui a muito pouco tempo essas negociações se concluam.”
Perguntado se questões políticas pesam nas negociações, o ministro afirmou que o acerto é de natureza técnica. “Se há alguma participação política no processo, eu diria que é a presença do governador, o que é legítimo. Qualquer que fosse o governador, teria de ter uma participação, uma presença nas negociações para que elas se concluam, afinal tudo depende do governo do Estado.”
O secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, tratou sobre as negociações ontem em viagem a Brasília. Conforme o POPULAR mostrou na semana passada, o governo terá de enviar à Assembleia Legislativa projeto que promove adequações em leis relacionadas à venda de ações da Celg. A Eletrobrás já exigiu três autorizações legislativas: adequações na lei que criou o Fundo de Aporte à Celg, mudança de Celg D para CelgPar na matéria que permite a venda de 41% das ações e a nova gestão compartilhada da companhia.

Mesmo com a aprovação na Assembleia, o governo estadual vai esperar até o dia 15 de março para que técnicos da Eletrobrás façam uma análise de todos os detalhes técnicos. O governo federal terá de editar medida provisória que autoriza a ampliação do prazo de concessão para o setor elétrico.