O clima quente e seco continua a castigar os goianienses. O mês de janeiro foi o mais quente registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desde 2006. E o motivo é um só: a pouca chuva que caiu durante todo o mês. Isso deve-se a uma massa de ar seco que predomina na região até hoje. E o tempo quente deve continuar, garante Marna Mesquita, chefe da previsão do tempo do Inmet, em Goiânia.
A compensação atmosférica é óbvia: falta chuva e sobra calor. A quarta-feira foi considerada a mais quente do ano em Goiânia, quando os termômetros registraram 35,6ºC, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Até agora, a média das temperaturas máximas registradas em Goiânia está em torno dos 32º, mais de dois graus acima do normal. Ontem, no Aeroporto Santa Genoveva, zona norte da Capital, os termômetros marcaram 35º, e na estação meteorológica, que se localiza no Setor Central, 32º.
De acordo com a chefe da previsão do tempo do Inmetro, o calor vai continuar porque as ondas de frio polar continuam sendo bloqueadas na Argentina. De acordo com ela, enquanto a frente fria não chegar, a onda de calor vai continuar castigando o goianiense. "Somente em meados da semana que vem é que deve chover", ressalta Marna. Segundo ela, o fim de semana em Goiânia será de muito calor.
Eletricidade
A sequência de altas temperaturas fez o consumo de energia disparar, e a demanda registrou, neste início de mês, um aumento significativo. As medições relativas aos três primeiros dias de fevereiro de 2010 indicam um aumento no consumo de energia de 15% em relação ao mesmo período de 2009 em todo o Estado. Considerando-se o crescimento normal de 5% a 6%, pode-se supor que este crescimento a maior de 9% pode ser atribuído ao intenso calor.
Para Sérgio dos Santos Júnior, do Departamento de Comercialização da Companhia Energética de Goiás (Celg), o consumo de energia passou de 28 mil MW (megawatts) na demada em 2009 para 33 mil MW/dia.
De acordo com Sérgio dos Santos Júnior, esse aumento de 5 mil MW na demanda pode ser decorrente do aumento do calor, ou seja, com o consumidor ligando mais ar-condicionado. Também, segundo ele, pode ser em decorrência do produtor rural que tem lavoura irrigada ter ligado mais os pivôs de irrigação.
Secretaria faz orientações para escolas
A onda de calor escaldante em Goiânia fez com que a Secretaria Municipal de Educação orientasse as escolas a desenvolver atividades físicas ao ar livre, e que estas não sejam desenvolvidas sob o sol. As escolas também foram aconselhadas a manter janelas abertas e orientar os estudantes a consumir bastante líquido. "Apesar do calor, não suspendemos nenhuma atividade ao ar livre", esclarece a diretora de administração Educacional, Clarislene de Paula Domingos.
Para fugir do forte calor, o goianiense se vira como pode. As amigas Letícia Almeida Leandro, de 21 anos, e Carolina Marques Caiado, de 20 anos, procuraram ontem uma loja de eletrodomésticos no centro da cidade para comprar um climatizador. "Eu aumentei o consumo de líquidos, mas está difícil dormir à noite", diz Carolina. Letícia informa que, além de tomar muito líquido, estava comprando o climatizador para enfrentar as noites quentes.
De acordo com o vendedor José Silva Júnior, a venda de ar-condicionado, ventiladores e climatizadores aumentou cerca de 40% na loja onde trabalha no centro da cidade. Quem também comemora o forte calor em Goiânia é o vendedor Juvenil Silva Pereira, de 46 anos. De acordo com ele, a venda de picolés e laranjinhas aumentou cerca de 40%. "O calor está ajudando", comenta ele, feliz com o crescimento das vendas.
A previsão da meteorologia prevê para hoje em Goiânia tempo claro a parcialmente nublado, com tempertura estável, variando de 34ºC de máxima e mínima de 19ºC, com ventos fracos a moderados. No Estado, a previsão é de tempo claro a parcialmente nublado, com temperatura estável com a máxima de 37ºC e mínima de 19ºC, com ventos fracos a moderados.
ONS verifica nova máxima
No Brasil, a carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) bateu novo recorde histórico ontem, atingindo o pico de 70.654 MW às 14h49, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). É o quarto dia consecutivo de recordes na carga, segundo o ONS. O aumento na demanda pode ser atribuído às altas temperaturas neste verão e também à retomada na produção industrial.
De acordo com o ONS, o calor excessivo está provocando até mudanças na curva diária de consumo, criando dois "horários de pico": o momento logo após o almoço, com alto consumo industrial e de aparelhos de ar-condicionado, e o tradicional horário de pico, no início da noite, quando cresce o consumo residencial.
No primeiro horário de pico, logo após o almoço, é que os recordes têm sido batidos constantemente. O ONS tem afastado qualquer risco de um racionamento por falta de oferta de energia. Além dos reservatórios das hidrelétricas estarem em níveis elevados, o ONS está despachando usinas térmicas para compensar a redução na capacidade do sistema de transmissão de Itaipu, que passa por reparos após o apagão de novembro do ano passado.
Fonte: Diário da Manhã
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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