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Ovídio: Estado foi forçado a privatizar

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03/02/2010

Ex-presidente afirma à CPI da Celg que renegociação de dívida era condicionada à venda de estatais

Erica Lettry

Ex-presidente da Celg durante parte do governo de Iris Rezende (PMDB) e ex-secretário de Comércio Exterior na gestão de Marconi Perillo (PSDB), Ovídio de Ângelis defendeu o PMDB no episódio que tratou da venda da Usina Hidrelétrica de Cachoeira Dourada, em 1997. Ele prestou depoimento ontem por mais de três horas à CPI da Celg.

Ovídio, que também foi presidente da Comissão Estadual de Desestatização entre 1996 e 1997, corroborou a defesa do ex-governador Maguito Vilela (PMDB) de que ele foi compelido a privatizar a Celg. O ex-presidente negou ainda ter aceitado um contrato para compra de energia 53% mais cara do que era fornecido por outros fornecedores.

“O contrato de financiamento que firmamos com a Caixa Econômica Federal colocava como pré-condição a promoção de privatizações em Goiás. Entre estas privatizações estava a da Celg, nominalmente citada. Dentro também estava a renegociação da dívida de Goiás com o governo federal”, contou. Ele respondia questionamento do presidente da CPI, Helio de Sousa (DEM), sobre a existência de documento que comprovasse a suposta pressão feita pelo governo federal na época para que a Usina de Cachoeira Dourada fosse privatizada. Helio afirmou que naquele período era deputado e que, durante as discussões, nunca foi mencionada a imposição do governo federal.

A venda de Cachoeira Dourada foi citada em praticamente todo o depoimento. Helio de Sousa e o relator da CPI, Humberto Aidar (PT), fizeram em ocasiões diferentes a mesma pergunta a Ovídio: se a privatização foi negativa para o Estado. “Participei consciente. Cumpri meu dever, minha obrigação. A reciclagem patrimonial foi a certeza que tínhamos (para concretizar a operação)”, afirmou no depoimento. “Cachoeira (Dourada) se inseriu dentro do contexto de momento. O Estado foi convencido a participar do esforço”, lembrou.

Sobre a alegação de que a tarifa era comprada a preço superfaturado, Ovídio foi categórico ao afirmar que não concordaria com esse tipo de contrato. “Eu nunca aceitaria participar de um processo para compra de energia superior ao do mercado. Tivemos uma proposta de tarifa compatível com o mercado”, garantiu depois à imprensa.

Ovídio também sugeriu ao presidente da CPI da Celg que o item do relatório da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) que menciona a existência do contrato fosse revisto. “Esse texto está incorreto. A Fipe cita a CPI de Cachoeira Dourada e faz afirmação sem provas”, afirmou.

O deputado José Nelto (PMDB) – que é amigo do depoente mas negou que o fato tenha influência em seus questionamentos na CPI – pediu a Helio de Sousa o aprimoramento dos dados. Mas o democrata avalia que a informação é incontestável e, portanto, não deve ser revista dentro da CPI. Helio também considera que o fator pressão para a venda de Cachoeira Dourada não deve ser considerado, “porque não foi oficializado” à época.

DívidaO contador-geral da Celg, Dionísio Jerônimo Alves, prestou depoimento ontem e disse que a dívida da Celg em 2008 era de R$ 4,6 bilhões. O valor, segundo ele, difere do apresentado pela Fipe (R$ 4,1 bilhões) porque a instituição pode ter excluído alguns itens compensáveis.

Dionísio também lembrou que o valor do endividamento levantado pelo secretário estadual da Fazenda, Jorcelino Braga (PP) – que é R$ 5,7 bilhões – contabiliza também o passivos da empresa.

Fonte: O Popular

 

 

 

 

 

 

 

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