Erica Lettry
Em depoimento de uma hora e meia, o ex-presidente da Celg, José Walter Vasquez Filho (2003-2004), reconheceu ontem que falhou em sua missão à frente da estatal, que era encontrar um acionista capitalizado para adquiri-la.
Ao ser questionado pelo peemedebista José Nelto se a proposta de privatização à época foi errada, o ex-presidente analisou que o momento é que era errado. “O timing foi errado. Para adotar um modelo neoliberal é preciso ter uma economia forte”, avaliou.
O tucano Daniel Goulart, um dos defensores do senador Marconi Perillo (PSDB) na Assembleia, indagou se a decisão de Marconi de não vendar a empresa foi acertada. “Acertadíssima. Agora, a questão é complexa. O governo atual deve estar passado pelo mesmo problema que passamos”, disse.
Daniel Goulart fez questão de dizer que o momento em que José Walter presidiu a empresa era delicado. Em seguida, retomando uma das principais acusações contra o PMDB, o tucano questionou se o modelo de contrato para comprar energia – após a venda da usina de Cachoeira Dourada – teria sido um complicador da dívida da Celg.
Em resposta, Vasquez elencou uma série de problemas da empresa, como o imbróglio envolvendo a Codemin e a questão do passivo trabalhista.
O relator Humberto Aidar (PT) perguntou se Marconi mandava na empresa durante sua gestão, mas Vasquez garantiu que não. “A injeção de política foi quase zero, porque a empresa estava sendo vendida. Tinha quatro auditores do BNDES lá dentro acompanhando a Celg”, lembrou.
Sobre empréstimos feitos para a empresa por meio de bancos pouco conhecidos, o ex-presidente garantiu não tê-los contraído, mas sim renovado os que já haviam sido assinados. Mas reclamou da pressão sofrida quando tentou desfazer-se de um grande banco que atuava na empresa. “Tentei trazer a Caixa Econômica, mas vi o tanto que o mercado é forte”, lamentou.
Sem citar gestões, o ex-presidente encerrou a fala dizendo que o principal problema da empresa é a confusão entre o Estado e a Celg: “A função da Celg não é gerar bem social. Isso é função do Estado”.
Fonte: O Popular
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