Resoluções do 14º Congresso dos Urbanitários de Goiás - Reconstruindo Juntos em Todos os Cantos de Goiás.
Com a participação dos urbanitarios, lideranças e estudiosos do setor elétrico e de saneamento ocorreu, em meio a grandes mudanças no cenário político no Brasil, o 14º Congresso dos Urbanitários de Goiás, sediado em Goiânia, entre os dias 30/11 a 01/12. Uma exigência da conjuntura política e econômica, já que a vitória de Lula abre novas perspectivas de mudanças com relação aos direitos dos trabalhadores, privatizações entre outras demandas para os trabalhadores. Por isso, o congresso reafirma o caminho é: Reconstruindo Juntos em todos os cantos de Goiás.
Abrimos os trabalhos congressuais com análise da conjuntura apresentado por Gibran Jordão, que é da executiva nacional do Coletivo Sindical e Popular Travessia. Ele fez uma análise do ciclo de derrotas da classe trabalhadora desde o golpe imposto a presidenta Dilma Rousseff (PT), até os dias de hoje. Segundo Gibran, a eleição de Lula para presidente rompeu um ciclo de derrotas para a classe trabalhadora e a conclusão é que é necessário defender o governo eleito das ameaças golpistas, ao mesmo tempo em que se disputa a política do novo governo em benefício dos trabalhadores.
Ainda no primeiro dia, no período da tarde, os congressistas contemplaram com a discussão sobre o cenário do setor elétrico brasileiro e suas perspectivas para o futuro. Este ponto foi exposto pela companheira da FURCEN - Federação Interestadual dos Urbanitários do Centro Norte – e Diretora do STIU-DF, Fabíola Latino. A explanação instigou várias contribuições e participação da categoria. Um momento rico de um bom debate.
Ao fim do dia, contemplamos o diagnóstico do setor jurídico brasileiro apresentado pelo Dr. Welton Marden, que ressalta a importância de entender o cenário político-econômico, já que ele estrutura as decisões político-social. E o judiciário não está fora deste cenário, ao contrario é um mecanismo propulsor das medidas sistêmicas. Dr. Welton demonstrou que a política de ataques e retiradas de direitos aconteceram no parlamento e no sistema judiciário, e arremata afirmando que o STF também retirou diretos dos trabalhadores.
O segundo dia de congresso foi aberto pela companheira Renata Furigo do ONDAS - Observatório Nacional do Direto a Água e ao Saneamento, que apresentou os desafios dos trabalhadores do setor na luta contra as privatizações, pela universalização e pelo direito ao saneamento como direto humano universal. Ela também analisou números do serviço prestado pela Saneago. A participação da categoria contemplou o ponto com o compromisso de luta em defesa do maior bem da humanidade, a água.
A mesa do Núcleo da Mulher Urbanitária, contou com a apresentação da diretora do STIUEG, Nívea Garcia, que relatou tudo o que foi desenvolvido pelo Núcleo na última gestão e fez um chamado para a ação das urbanitárias e urbanitários sobre o combate ao machismo e outras formas de opressão. A discussão em conjunto ressalta as mudanças nos espaços e na condução quando garante mulheres nos espaços de discussão e decisão.
Por fim, o Congresso aprovou algumas resoluções que se destacam por duas frentes, apesar de concomitantes, a intensificação da luta da categoria e atuação nos espaços de decisão. A primeira frente se dará pelo início imediato da coleta de sugestões de pauta para a campanha salarial da Saneago e demais empresas no dia 2 de Janeiro de 2023. E o lançamento da campanha Salarial dia 2 de fevereiro de 2023. Período que também deve iniciar as assembléias regionais de aprovação de pauta, com prazo estimado para ser realizado em dois meses. Essa expectativa promove resultados esperados pela categoria que dinamiza as discussões econômicas referente aos urbanitarios, portanto a pauta será entregue à empresa com 2 meses de antecedência visando uma melhor eficácia da campanha salarial.
Também foi aprovado a criação de núcleos de resistência em cada local de trabalho visando aumentar a organização da categoria e iniciar os preparativos nos locais de trabalho para construir uma greve vitoriosa.
A segunda frente de luta se dará na atuação e engajamento do STIUEG nos espaços de decisão política, formulação de leis e fiscalização, assim sendo, os urbanitarios devem se apresentar como mais um instrumento representativo neste espaços, já para próximas eleições, inclusive nos pleitos municipais. E propõe a criação da Comissão Sindical Parlamentar para cumprir o papel de encaminhar as demandas dos urbanitários aos parlamentares eleitos, inclusive as elencadas neste congresso, tais como:
- Projeto de Lei para que os benefícios negociados em ACT pelo Sindicato tenham validade somente aos trabalhadores sindicalizados.
- A realização de um Referendo Popular sobre privatizações, isto é, que toda empresa pública antes de ser privatizada passe por um plebiscito com a população.
- Um plebiscito / consulta pública sobre a reestatização da CELG.Criação do Plano Nacional de Estatização - PNE para lutar pela Estatização de empresas públicas privatizadas.
- Ao fim, a categoria debruçará esforços na luta contra as privatizações. Entre outras estratégias, apontamos a intensificação do trabalho nas redes sociais com materiais e campanhas contra a privatização, para garantir a conscientização e inserção massiva da população, nesta frente de luta.
As congressistas e os congressistas se comprometem intensificar as lutas no combate o machismo, racismo, LGBT fobia e todas as formas de opressões. Para tanto propõe-se a materialização a criação e distribuição de uma cartilha que aborde prioritariamente o combate ao assédio moral e sexual, machismo e outras violências de gênero, classe social, etnia e raça no ambiente de trabalho.
Os urbanitários de Goiás seguem na luta por uma sociedade mais justa, humana, e igualitária. Lutamos por uma sociedade digna a toda a classe trabalhadora. JUNTOS
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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