A um ano presidente Jair Bolsonaro sancionou o novo Marco Legal do Saneamento, que visa a abertura do setor para privatizações sob contrapartidas de gradualmente avançar rumo à universalização do serviço. No entanto, nenhum investimento privado no setor aconteceu, num contexto onde o país enfrenta a maior crise sanitária de sua história e parece às portas de um colapso hídrico-energético. Mesmo assim, o governo insiste em boicotar qualquer forma de financiamento público neste serviço essencial. É sobre isso que conversamos com o tecnólogo pós-graduado em engenharia de saneamento.
“O sentimento é de indignação e preocupação. Contudo, as mudanças efetuadas na Política Nacional de Saneamento vêm na mesma lógica das ocorridas na Previdência Social, na legislação trabalhista, tentativa de imposição do Marco Temporal aos indígenas, ou seja, saquear direitos sociais dos que vivem do seu próprio trabalho para transferir para a classe dominante. É uma continuidade da apropriação dos recursos naturais por grupos econômicos. Pois há um processo gradual de privatização da água”, criticou.
Profundo conhecedor do assunto, Marzeni faz uma retrospectiva histórica dos projetos de privatização do saneamento no Brasil, que, de acordo com sua análise, só deram certo onde já havia todas as condições favoráveis ou foram um fracasso. Além do mais, traz o exemplo de grandes capitais do mundo que chegaram a privatizar o serviço, mas retomaram o caráter público e estatal de sua gestão.
Como se as alegações de abrangência mais histórica não fossem suficientes, o quadro brasileiro de crises hídrica e energética torna o cenário ainda mais impróprio. “Nenhuma empresa privada faz campanha para reduzir o consumo de seu produto. Muito pelo contrário, são gastos montanhas de dinheiro em propaganda para induzir as pessoas comprarem até o que elas não precisam. Isso pode aumentar, ainda mais, o consumo e acelerar a redução dos estoques de água, degradação dos mananciais e comprometimento da segurança hídrica”.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (STIUEG) teve seu início no ano de 1949, com a criação da Associação dos Funcionários da CELG. O segundo passo importante dessa história foi dado com a extensão de base para a Associação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás...
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