19/03/2021
Os últimos dias não tem sido fáceis para os trabalhadores do estado de Goiás, hoje chegamos a triste marca de 10.000 mortos em decorrências de complicações da COVID 19 em nosso estado. Aliado a isso, estamos sofrendo diversos ataques econômicos, propostas de privatizações e retirada de direitos vindo dos governos. O momento exige grande unidade de todos os trabalhadores para superarmos essa grande crise.
Infelizmente o Governo Bolsonaro não está fazendo a sua parte no enfrentamento à crise, o auxílio emergencial, que já era baixo, foi reduzido ainda mais obrigando a população a ter que sair para buscar seu sustento e correr o risco de infecção. Bolsonaro foi negligente em relação a compra da vacina, não fechou os principais contratos de compra de vacinas antecipadamente e agora tenta dizer que a falta de vacina era inevitável, ele ainda teve uma postura negacionista com relação a doença, negou as medidas de isolamento, questionou o uso de máscaras e ironizou as vacinas, tudo isso fez com que a crise com relação a COVID-19 fosse potencializada.
A política econômica de seu ministro Paulo Guedes tem sido a da destruição total dos direitos dos trabalhadores, do patrimônio público e da soberania nacional. O compromisso do ministro da economia segue sendo com os grandes capitalistas internacionais, ele intensifica a reforma trabalhista que retirou direitos, aprofunda a desigualdade a não enfrentar a PEC do teto dos gastos que impede o investimento público, e intensifica a sua agenda de privatizações de setores estratégicos, como a Eletrobrás e o saneamento. Ontem Paulo Guedes e o Governo Bolsonaro tiveram uma grande vitória, mantiveram o veto do Governo no Congresso Nacional, na prática isso representa um duro golpe nas estatais de saneamento do Brasil, incluindo a Saneago.
Aqui em Goiás, embora no discurso o Governador Ronaldo Caiado diz tomar medidas diferentes daquelas tomadas por Bolsonaro, na prática ele não prioriza o combate a pandemia, o governo estadual segue com sua proposta de privatizar a CELG GT e esta caminhando a passos largos nesse sentido mesmo durante a pandemia.
O Governador que impõe uma serie de medidas restritivas para diversos negócios continua trabalhando para a concretização da venda de uma das empresas mais importantes para os goianos, a CELG GT. Caiado ainda quer privatizar mais duas estatais que poderiam estar cumprindo um importante papel no combate ao covid, a IQUEGO, indústria farmacêutica com capacidade para produzir diversos insumos na luta contra a pandemia e a METROBUS, empresa de ônibus que pode estar atuando contra o cartel das empresas privadas de transporte coletivo em Goiânia que querem manter os ônibus lotados para garantir seus lucros. O Absurdo é maior quando comparamos o exemplo recente de privatização em Goiás, a CELG Distribuição foi privatizada, sob fortes protestos do agora Governador Ronaldo Caiado e nos trouxe a ENEL que aumentou a tarifa, piorou o serviço e massacra os trabalhadores diretos e terceirizados com um arrocho salarial gigantesco, assédio morais e pressão por superprodutividade.
O mais grave é que todos eles se aproveitam do risco de contaminação e mortes que impede mobilizações de rua tradicionais e outras formas mais incisivas de luta, já que qualquer aglomeração nesse sentido, ainda mais diante dessa brutal segunda onda e nova variante, pode significar risco de morte dos trabalhadores e de seus familiares.
Ainda assim seguiremos firmes na luta, já está demonstrado que nenhum desses governos serve ao interesse dos trabalhadores, o momento exige unidade para derrotar todos os inimigos dos trabalhadores. O STIUEG convoca todos os urbanitários para juntos superarmos esse desafio. Nosso compromisso de disposição de luta segue mais firme do que nunca, vamos lutar por uma grande unidade dos movimentos dos trabalhadores, sindicais e populares para que possamos resistir e superar essa crise #JUNTOS!
