O mês de julho em Goiás é apontado como o mês mais crítico da pandemia de Covid-19. Enquanto existe um esforço de alguns gestores públicos para salvar vidas, uma crise financeira terrível é estabelecida, fazendo com que o desemprego aumente. Empresas que tiveram que fechar as portas para não ajudarem a aumentar o contagio por coronavírus fizeram esforços para não demitir seus trabalhadores. Em meio à tudo isso a empresa ENEL cruelmente realiza uma demissão coletiva. O STIUEG repudia a ação da empresa!
Desde a privatização, a Enel não saí da mídia goiana sob denúncias de péssimos serviços, aumento abusivos de tarifas, relações trabalhistas ruins, dentre essas notícias também está uma que chama a atenção, a do aumento dos lucros da empresa. Esse fato já motivou a direção do sindicato a buscar por várias vezes o fim do clima de terrorismo dentro da empresa, cobramos para que a ENEL não realizasse mais demissões imotivadas no estado de Goiás.
A empresa que desde a privatização demitiu vários profissionais com know-how e conhecimento do sistema elétrico goiano, busca sair das piores posições do ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel submetendo os trabalhadores a um excessivo ritmo de trabalho. O serviço que era executado por várias pessoas, hoje é imposto a apenas uma, que trabalha pressionada, sob constantes ameaças de demissão.
Quinta-feira, 02 de Julho, durante uma reunião com a diretoria da empresa ENEL, nós do STIUEG fomos surpreendidos com uma notícia grave que muito nos indignou. A demissão de três companheiros sob a alegação de que não cumprimento das metas. Na sexta-feira mais trabalhadores nos procuraram com mais denúncias de demissões, 9 até o instante da construção dessa nota. O momento que atravessamos pede para que toda a sociedade esteja engajada prioritariamente nas questões relacionadas a biossegurança e combate a proliferação do novo coronavírus, exigir que a produtividade seja prioridade em um cenário assim é uma falta de respeito com toda a sociedade que luta diariamente para atravessarmos esse momento de maneira solidaria.
A situação se agrava quando o cenário de desemprego instalado aumenta a dificuldade de recolocação desses companheiros no mercado de trabalho. Uma empresa que, conforme noticiado na mídia, está aumentando o lucro, que não teve que paralisar as atividades em nenhum decreto e na qual a folha salarial dos funcionários representa apenas 1% do faturamento não tem motivos para demitir sem justa causa. Agindo dessa forma a ENEL coloca os lucros acima da vida! O STIUEG repudia veementemente as demissões e tomara todas as medidas cabíveis contra essa situacao absurda!
Pela imediata readmissão dos trabalhadores injustamente demitidos! Fora ENEL!
A vida acima dos lucros! Juntos!