Nem a crise causada pelo novo coronavírus faz com que eles recuem. Alguns prefeitos do interior do Estado de Goiás estão seguindo o conselho do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles de “passar a boiada” como ele disse em Reunião Ministerial. Aproveitam-se da atenção que a mídia e a população estão dando para o fato de salvar vidas em meio à pandemia para aprovar pautas impopulares como a privatização da água.
A ganância privatista de gestores neoliberais não tem limites e em meio a uma crise de saúde, que evidenciou a importância das ações do Estado para salvar vidas e onde um dos únicos consensos entre os especialistas é que a água, saneamento e higiene são formas de se prevenir o contagio pelo Covid-19 é inadmissível que se cogitem entregar a gestão da água e do saneamento para a iniciativa privada.
Outro fato que chama a atenção é que os mandatos dos prefeitos estão terminando, a maioria ficou quase todo o mandato sem debater o tema e agora próximo as eleições municipais eles querem implementar esse ataque. Isso nos leva a questionar quais os reais interesses desses prefeitos. A situação é mais grave nas cidades de Ipameri, Goianésia e Buriti Alegre.
O STIUEG já esteve presente em audiências públicas nessas cidades, debatendo com o legislativo e executivo e alertando a população sobre o risco da privatização da água.
Nesse momento é importante alertar a toda a população que um dos fatores determinantes na manutenção da nossa saúde frente ao coronavírus é a água e um serviço de saneamento de qualidade.
O Estado tem que garantir esse serviço essencial e não pode deixar que vire mero instrumento de lucro nas mãos da iniciativa privada. Precisamos estar atentos aos políticos que querem privatizar a água, esses não merecem reeleição, merecem ser castigados nas urnas, merecem total desprezo do povo!